Lídia: problema congênito impede a menina de andar corretamente.| Foto: Débora Mariotto Alves/Gazeta do Povo

O presente de aniversário deste ano da pequena Lídia Camizão precisa de atores, palco, iluminação, figurino e bilheteria para acontecer. A menina, que completa 2 anos no dia 10 de julho, vai ganhar uma peça de teatro no dia do aniversário. O objetivo do presente é arrecadar R$ 10 mil para bancar a cirurgia que vai garantir mais qualidade de vida para Lídia. A peça está sendo organizada por um grupo de atores do Litoral e será apresentada no Teatro Rachel Costa, em Paranaguá. Toda a arrecadação da bilheteria – que tem 500 ingressos à venda por R$ 20 cada – será revertida para a cirurgia da menina.

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Displasia congênita de quadril

A displasia congênita é uma doença predominantemente feminina “A criança já nasce com a displasia, durante o desenvolvimento vai se agravando”, diz o ortopedista Christiano Saliba Uliana, do Hospital Vita,

O tratamento varia de acordo com cada caso e com a idade. “Até os seis meses de idade, o ideal é usar o colete de pavlik, que corrige sem cirurgia. Depois de um ano e dez meses é necessário corte cirúrgico para encaixar o fêmur. Com dois anos, provavelmente vai ter que abrir, corrigir deformidades possíveis e encaixar a cabeça do fêmur.”

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“Conseguimos o Teatro Rachel Costa emprestado e o elenco se ofereceu para fazer essa corrente do bem. Agora, nós precisamos vender esses 500 ingressos”, comenta a presidente da Fundação de Cultura de Paranaguá, Olga Maria e Castro.

O presente vai chegar na hora certa. Dois anos é a idade ideal para a realização do procedimento cirúrgico de que Lídia necessita. Diagnosticada com displasia congênita de quadril – uma doença mais comum nas mulheres, quando o fêmur não é bem encaixado na bacia – ela só consegue assentar um pé no chão ao caminhar, o outro pé ela usa para se equilibrar nas pontas dos dedos e, por isso, tropeça e cai com frequência.

“Nós só percebemos o problema quando ela começou a andar, procuramos um médico e ele disse que só poderia tratar com cirurgia. Pela saúde (sistema público) a fila de espera demora sete meses, mas ela precisa operar agora, com dois anos, quando a chance de recuperação é de quase 100%”, explica Luciano Camizão, pai de Lídia.

A mãe da menina, Andreia Camizão, também tem displasia congênita. Ela não teve a oportunidade de fazer a correção e teme que a filha enfrente as mesmas dificuldades que encara no seu cotidiano. “Muitas dores no quadril, dificuldades para andar e para correr e o bullying”, conta.

Serviço

Para contribuir
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A peça Quatro Estações será apresentada no Teatro Rachel Costa, em Paranaguá, no dia 10 de julho, às 20h. Os ingressos custam R$ 20.

Para contribuir com o tratamento de Lídia, também é possível entrar em contato com os pais da menina: (41) 8513-1803 ou 8517-0370 – Luciano ou Andreia.