Incluir o desenvolvimento sustentável em políticas públicas locais é o elemento chave para garantir que o Brasil alcance as novas metas de conservação da biodiversidade a serem definidas em outubro na Conferência da Biodiversidade (COP-10) de Nagoya, no Japão. Essa foi uma das conclusões sobre o valor da natureza para o desenvolvimento, tema discutido no Simpósio Internacional para Formuladores de Políticas Públicas, ontem, em Curitiba.

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Em 2002, na Conferência de Johannesburgo, os governos acordaram em "atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa de perda de biodiversidade em níveis global, regional e nacional como contribuição para a diminuição da pobreza e para o benefício de toda a vida na Terra". No entanto, esse objetivo não foi cumprido integralmente por nenhum país.

"Nós precisamos acabar com a cultura de esperar que alguém de fora venha nos mostrar como resolver nossos problemas. Temos que apreender com a demanda local, olhar o que está funcionando e explorar o que temos", comenta o coordenador do ICMS Ecológico do Instituto Ambiental do Paraná, Wilson Loureiro.

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O ponto de vista de Loureiro também é defendido por Pavan Sukhdev, um dos autores do estudo A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade divulgado ontem. "Temos que começar do micro e ir aumentando. Não adianta tomar iniciativas federais e estaduais, sem desenvolver o local", considera. O estudo apresentou 120 experiências de decisões políticas em diferentes países de aproveitamento do capital natural para o desenvolvimento, sem agredir o meio ambiente.