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Brasília - A eleição presidencial, hoje, dará uma clara resposta sobre um tema excluído dos tiroteios entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin nesses três meses de campanha – a continuidade ou uma guinada na política externa brasileira. E um dos principais temas é se o Brasil manterá uma atuação generosa e tolerante com os vizinhos da América Latina ou se seguirá uma via contrária.

A proposta de Alckmin é mudar a ênfase da política exterior.

"Vamos dar prioridade às relações com as maiores e mais dinâmicas economias do mundo. O importante é fazer comércio com os países desenvolvidos, como faz a China", afirmou o embaixador Rubens Barbosa, responsável pela exposição do programa de governo de Alckmin.

A tríade que comanda a atual política externa de Lula – o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, seu assessor internacional, Marco Aurélio Garcia, e o secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães – deixaram claro que essa inflexão não deverá acontecer em um segundo mandato de Lula. A rigor, qualquer mudança do atual eixo dessa política significaria uma confissão de erro no primeiro mandato e, portanto, algo impensável.

"Nós não deixamos de dar ênfase às relações com os países desenvolvidos. Temos excelentes relações com os Estados Unidos", rebateu Amorim.

"O empresário brasileiro não precisa mais que o Itamaraty o leve pelas mãos para esses mercados. Já conhece o caminho. Para mercados não-tradicionais é diferente. Onde não há estrutura, o Itamaraty organiza as missões", completou.

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