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Com um telefone celular na cela da Penitenciária 1 de Avaré, no interior paulista, o preso Orlando Motta Júnior, o Macarrão, de 36 anos, um dos homens da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), ligou para o 190 da Polícia Militar (PM) e avisou: "Estou ameaçado de morte. Preciso ser transferido." A ligação foi feita no fim da noite de segunda-feira. Na madrugada de ontem, o detento foi removido e, às 10 horas, já estava na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau.

Macarrão viajou mais de 400 quilômetros num furgão da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), escoltado por dezenas de policiais militares, até chegar à cidade de Presidente Venceslau no oeste do Estado. A princípio, o preso foi levado para a Penitenciária 2, onde está a liderança do PCC. Por volta de 9h50 ele foi removido para a Penitenciária 1.

Segundo fontes do sistema prisional, a remoção de Macarrão da P-2 para a P-1 de Presidente Venceslau indica que o preso está ameaçado. A P-1 foi transformada em unidade de castigo para quem cometeu alguma falta disciplinar em outra unidade e também de "seguro" (isolamento) para os detentos jurados de morte por rivais. Os policiais contaram à reportagem que o preso também ligou para o Ministério Público Estadual (MPE) pedindo "seguro".

A Polícia Civil informou que não tem informações sobre possíveis ameaças feita a Macarrão. "Não fomos informados de que ele estaria ameaçado por rivais. Ninguém também nos comunicou sobre sua transferência e que ele portava telefone celular na cela", afirmou um policial civil que investiga o crime organizado.

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