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Preso membro de quadrilha que assaltava com armas de brinquedo

Jean dos Santos Jacinto, de 18 anos, foi preso por volta das 16 horas desta quarta-feira (26) acusado de ser membro de uma quadrilha que assaltava carros e residências usando armas de brinquedo. De acordo com as investigações do Setor de Inteligência da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), a quadrilha agia de forma truculenta e usava armamentos pesados para intimidar suas vítimas. "Só fomos descobrir que eram simulacros e não armas de verdade quando as pegamos na mão", disse o delegado Cassiano Aufiero, titular da especializada.

Jacinto foi preso dentro de uma casa numa ocupação no Santa Quitéria após trocar tiros com os policiais da DFRV. Junto com ele estava outro integrante da quadrilha, Maicon do Prado Santos, de 23 anos, que conseguiu fugir. Os policiais foram então até outro endereço investigado, na CIC, mas ninguém foi encontrado.

Na primeira casa foram encontrados imitações de um fuzil AR-15 e de uma espingarda calibre 12. Já na segunda residência havia um simulacro de um fuzil AK-47, considerado pesado, 41 munições verdadeiras de pistola 9 milímetros, pneus, três macacos hidráulicos e vários objetos e documentos de possíveis vítimas, como no caso de Antônio Gilberto Lago. Os donos dos documentos encontrados serão chamados pela polícia para ver se reconhecem Jacinto e ajudar a elucidar novos casos.

Os demais membros da quadrilha seguem sendo procurados pelos policiais da DFRV.

Um rapaz de 18 anos preso na tarde desta quarta-feira (26) confessou ter participado do assassinato do bancário aposentado Antônio Gilberto Lago na madrugada de quarta-feira (26). A motivação, segundo Jean dos Santos Jacinto relatou à polícia, seria por vingança. O corpo do curitibano e funcionário da prefeitura foi encontrado carbonizado no interior do próprio carro, em uma estrada rural de Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, na quarta-feira (26). Ele estava desaparecido desde terça-feira (25). Lago tinha 62 anos.

Jacinto foi preso por policiais civis da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) acusado de participar de uma quadrilha que roubava carros e residências em Curitiba usando armas de brinquedo (veja ao lado). Na casa onde o jovem foi preso a polícia encontrou diversos documentos de vítimas de assalto e um celular, que pertencia a Lago. "Como encontramos o aparelho na casa não tinha como ele negar envolvimento no assassinato de Campo Magro, então resolveu confessar o crime", explicou o delegado-titular da DFRV, Cassiano Aufiero.

Jacinto contou à polícia que Lago foi morto por causa de uma rixa envolvendo a irmã de um dos membros da quadrilha. O aposentado teria sido atraído por essa mulher até um local onde os demais integrantes o esperavam. Ele foi feito refém por diversas horas e obrigado a sacar dinheiro em caixas eletrônicos de Curitiba. Conforme Jacinto relatou aos policiais da DFRV, uma quantia de R$ 1.300 foi levada pela quadrilha, que depois conduziu a vítima e seu carro até a Rua Ana Bienarski, na área rural de Campo Magro, onde Lago foi morto e o veículo e o corpo delem incendiados.

De acordo com o delegado interino de Almirante Tamandaré, Voltaire Garcia, que é responsável pela investigação em Campo Magro, equipamentos eletrônicos também foram roubados da casa onde Lago morava, porém não havia sinais de arrombamento. O irmão da vítima, proprietário do imóvel onde o funcioário público residia, deu falta dos objetos. O delegado não soube informar se foi feito boletim de ocorrência do desaparecimento.

Testemunhas disseram que ouviram tiros nas proximidades do local onde o veículo e o corpo foram localizados. Ao chegar à cena do crime, na região metropolitana, os peritos não conseguiram identificar se o corpo era de um homem ou de uma mulher por causa do estado em que se encontrava. A identificação ocorreu posteriormente por meio de exames feitos no Instituto Médico Legal (IML).

Além de Jean dos Santos Jacinto, outras três pessoas teriam participado de toda a ação que culminou na morte de Lago: a moça que o atraiu até o local combinado pela quadrilha, o comparsa de Jacinto, Maicon do Prado Santos, e um adolescente. Todos estão sendo procurados. As informações e provas colhidas no local, bem como a confissão de Jean serão encaminhadas para a delegacia de Campo Magro, responsável pelo caso.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba informou que Lago era funcionário comissionado da Secretaria Municipal de Administração. De acordo com informações do Serviço Funerário Municipal, o corpo de Lago foi enterrado na tarde desta quinta-feira no Cemitério do Santa Cândida.

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