Preso casal acusado de matar dois e jogar corpos em rio

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A Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba apresentou, nesta segunda-feira (10), um homem suspeito de ter cometido dois homicídios no bairro Boqueirão, em Curitiba. Paulo Roberto Rute, de 29 anos, confessou ter matado dois homens. Os corpos foram localizados em estado de decomposição no Rio Belém, na capital paranaense. A mulher dele, Angélica Vaz de Cordeiro, de 20 anos, também foi presa, acusada de ter participado de pelo menos um dos crimes.

Segundo o delegado Alfred Dib Junior, que comandou as investigações, a polícia chegou ao casal na sexta-feira (7), ao tentar solucionar um outro homicídio, do qual Rute era o principal suspeito. O criminoso foi localizado escondido atrás da caixa d’água, no forro da casa onde morava, no Boqueirão. "Ele negou a autoria deste crime, mas acabou confessando dois homicídios", disse o delegado. "Trata-se de uma pessoa perigosa e fria, que era bastante odiada na região onde morava", complementou.

O primeiro homicídio cometido por Rute aconteceu no dia 30 de março. Com um cabo de aço de bicicleta, ele estrangulou Edivaldo Cardoso Filho, de 43 anos, que havia alugado um quarto na residência do assassino. Segundo a DH, Rute alegou que a vítima vinha lhe furtando pequenos objetos para trocar por drogas. O corpo de Cardoso Filho foi jogado Rio Miringuava Mirim, em São José dos Pinhais, região metropolitana.

A segunda vítima ainda não foi identificada, mas segundo Rute trata-se de "Anderson Polaquinho", que o teria assassinado da mesma maneira e que teve o corpo também atirado no rio. De acordo com o delegado, a polícia aguarda apenas o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para solucionar o crime. Rute não se lembra quando teria cometido o segundo assassinato.

Angélica morava havia cerca de três meses com Rute. Segundo a polícia, ela teria participação em pelo menos um dos crimes. Apesar de ter confessado à DH a autoria dos homicídios, Rute negou, durante a apresentação, que tenha matado os dois homens. "Eu quero ver as provas e as testemunhas contra mim. Daqui 30 dias, eu estou nas ruas de novo", disse.