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Foz do Iguaçu - Um dos mais importantes traficantes que atua em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, foi preso ontem em Planalto, no Sudoeste do Paraná. Carlos Arias Cabral, conhecido como Líder Cabral, é acusado de chefiar o tráfico de drogas na região e de ser o maior fornecedor de maconha às quadrilhas brasileiras que abastecem as principais cidades do país. Ele foi preso pela Polícia Federal, com auxílio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e de agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) paraguaia.

Atuando na região desde a década de 90 e procurado há mais de dez anos, Cabral era constantemente visto nas cidades paranaenses de Planalto e Capanema. O criminoso foi surpreendido durante uma viagem às pressas ao Sudoeste. O cerco era planejado há dois meses e culminou com a Ope-ração Liderança. Outros 12 suspeitos estão presos. Temido por grupos rivais e pelos próprios colaboradores, Cabral é acusado de dezenas de execuções. Du­­­rante as investigações, a PF apreendeu cerca de 32 toneladas de maconha, 50 kg de crack e 51 kg de cocaína.

Entre os principais concorrentes do paraguaio está Luiz Fernando da Costa, o Fer­­­nandinho Beira-Mar. No início de 2002, a casa de Cabral, em Capitan Bado, no Paraguai, foi invadida por 20 homens armados a mando do brasileiro. A mulher de Cabral, o filho dele de 3 anos e outras nove pessoas foram mortos. O traficante escapou. Três semanas depois, a vingança resultou em mais 22 mortes. Cabral passou a viver em An­­­dresito, na Argentina.

Cabral teria se aliado ao paraguaio Juan Carlos Portillo, mais conhecido como Carlos Pedro Juan, fornecedor de pasta-base de cocaína, maconha e armas para o Brasil, com atuação em Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu. Os dois estariam planejando assassinar Jorge Samu­­dio, secretário de Carlos Ruben Sanchez, outro traficante paraguaio. Na lista de rivais estaria também Carlos Antonio Caballero, um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Paraguai.

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