O coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), passou mal nesta segunda-feira (4) e voltou a ser levado para o hospital. Ele está preso desde o dia 7 de fevereiro por suposta omissão para conter os atos de 8 de janeiro. Está é terceira vez em menos de uma semana que o militar precisa receber atendimento médico.
Nas redes sociais, a esposa do coronel, Mariana Adôrno Naime, afirmou que ele foi encaminhado ao hospital com “fortes dores no peito”. O militar também passou mal no último dia 28 e na sexta (1º). Na semana passada, a equipe médica detectou um trombo na veia cefálica, na região do bíceps, informou a revista Veja. Segundo Mariana, “as dores evoluíram e há o risco do trombo ter se deslocado”, causando risco de embolia.
O coronel tem hipertensão e diabetes. Ela afirmou que Naime tem sofrido com “dormência nos braços e pés”, “muita dor de cabeça” e “vômito”. Além disso, no dia 13 de julho, ele teve uma queda de pressão e, ao tombar, tentou se apoiar num armário, que acabou caindo sobre si, o que o fez ser conduzido ao hospital. Em 24 de julho, Naime voltou a necessitar de atendimento médico, mas não precisou ser levado ao hospital.
No dia 28 de novembro, Mariana afirmou que a morte de Cleriston Pereira no Complexo Penitenciário da Papuda também deixou sua família preocupada. Cleriston estava preso acusado de envolvimento nos atos de vandalismo e morreu no último dia 20 depois de ter um "mal súbito". O empresário também tinha comorbidades, assim como Naime, e fazia uso de medicamentos para diabetes e hipertensão.
“Isso me deixa extremamente desesperada, porque semana passada teve a morte do Cleriston, nós vimos que o laudo [de comorbidades] do Cleriston é o mesmo do dele [Naime], que é de hipertensão, diabetes… O que garante que o Naime também não tenha um infarto, um AVC?”, questionou a esposa do coronel. “Estamos pedindo socorro para que seja autorizada a liberdade e ele tenha um tratamento digno”, acrescentou.
Mesmo de férias na data dos atos de vandalismo, o coronel Naime deixou sua residência para ajudar a conter os atos de vandalismo de 8 de janeiro. Durante a ação policial, o militar chegou a ser ferido com o disparo de um rojão. Mariana relatou que Naime perdeu 16 quilos desde a prisão e seu processo não avançou, apesar dos pedidos de soltura já feitos pela defesa.
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