Diego Ramos Quirino, 30 anos, estava em crise de abstinência quando matou quatro pessoas, entre elas a líder do movimento negro em Londrina Vilma Santos de Oliveira, mais conhecida como Yá Mukumby, 63 anos, na noite de sábado (3), no Jardim Champagnat, na zona oeste do Londrina. A informação é de um familiar dele, que pediu para não ser identificado.
Segundo o parente, não se sabe se a crise de abstinência era de álcool ou de drogas, mas, antes da tragédia, na tarde de sábado (3), ele teve um surto e foi parar no hospital. "Lá, ele foi medicado e liberado. Voltou para casa e, chegando lá, foi tomar um banho. Saiu do banho transtornado."
O familiar contou que Quirino tentou agredir a companheira. No intuito de protegê-la, a mãe dele, Ariadne Benck dos Anjos, 48 anos, mandou ela sair de casa. "Ele então voltou-se contra a própria mãe e acabou matando-a."
O rapaz, ainda nu, pulou o muro que separa a casa onde ele vivia e a da família de Yá Mukumby. Ele matou esta última, a mãe dela, de 86 anos, e a neta dela, de 10 anos. "Elas ameaçaram chamar a polícia e ele as matou para evitar isso", contou o parente. A família está consternada com as mortes. "Estamos atônitos porque o Diego nunca demonstrou nenhum traço de violência. Sentimos por nós e pela família das vizinhas."
O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, o tenente-coronel Samir Geha, afirmou que o rapaz preso parecia, de fato, estar em surto. "Pelo o que meus policiais contaram, a mim parece que ele estava em surto", disse. Um policial teve de arrumar roupas para Quirino, detido na unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2).
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