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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

A polícia civil de Maringá, no Noroeste do Paraná, prendeu um homem de 34 anos, na tarde de domingo (21), suspeito de participação no assassinato de Márcia Constantino, de dez anos. A menina foi encontrada morta na manhã de domingo, por um agricultor, em uma plantação de milho, na saída para Astorga, com marcas de violência sexual, estrangulamento e queimaduras de 2º e 3º graus.

A criança havia desaparecido por volta das 22 horas de sábado (20), enquanto os pais assistiam a um culto em uma igreja evangélica da Assembléia de Deus na Rua Fernão Dias, no Centro da cidade, com mais 1.300 pessoas. Segundo testemunhas, ela foi vista pela última vez no estacionamento da igreja, brincando com outras crianças.

O delegado Antônio Brandão Neto, da 9ª SDP, já ouviu cerca de dez pessoas e chegou ao suspeito por meio de denúncia anônima, feita por uma testemunha que afirmou ter visto um homem calvo e branco levar a menina em um veículo Fiesta de cor prata. "Conseguimos identificá-lo, apreendemos o carro e dentro da casa dele foram encontrados 200 gramas de cocaína", relata o delegado. O suspeito, preso em casa no bairro Santa Felicidade, foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e está preso na 9ª SDP. Por enquanto não há, porém, comprovação sobre a violência contra Márcia Constantino.

De acordo com Neto, o homem foi encaminhado para fazer exame no Instituto Médico Legal (IML) mas, segundo o perito do local, não foi constatado que ele praticou ato sexual nas últimas horas. "Se ele tivesse feito algo, ficaria algum vestígio durante as primeiras 36 horas. Quando ele fez o exame havia se passado mais ou menos 20 horas do crime", explica Neto. A polícia pediu o apoio do Instituto de Criminalística, que vai periciar o carro apreendido. "Havia cabelo no veículo e será feito exame de DNA". O suspeito possui passagens pela polícia por homicídio, tráfico de drogas e roubo e estava em liberdade condicional. Se for confirmada a autoria do crime, ele será indiciado por estupro, atentado ao pudor, homicídio e ocultação de cadáver, de acordo com o delegado.

Outros dois suspeitos chegaram a ser detidos e um deles também teve o veículo apreendido, mas foram liberados após perícia nos órgãos genitais no IML. "Eles fizeram exames, mas também não houve nada constatado. São dois homens que freqüentam a mesma igreja que a família da menina e já têm passagem pela polícia por crime semelhante", conta o delegado.

Enquanto isso, todas as equipes de policiais de Maringá estão mobilizadas para ajudar na busca pelos suspeitos. Neto acredita que o crime tenha sido praticado por alguém próximo da menina, pela forma como ela foi atraída. "Ela disse para alguns, crianças de seis a dez anos, que iria buscar um bolo com um amigo", afirma. Segundo o delegado, os pais da menina são pessoas muito humildes, que prestam serviços gerais para a igreja.

Despedida

Dezenas de amigos e familiares da menina participaram do velório da tarde de domingo (22) até a manhã de segunda-feira na mesma igreja evangélica de onde Márcia desapareceu. "A revolta é imensa, e não só pra gente, mas pra todos os pais que têm seus filhos também. Eles não podem mais brincar nem no pátio da igreja que acontece uma tragédia, uma tristeza dessas", afirma Valter Aparecido Rink, amigo da família de Márcia. O enterro foi às 10 horas de segunda-feira, no Cemitério Municipal de Maringá.

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