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Os suspeitos presos após a invasão do Hotel Intercontinental, em São Conrado, na manhã de sábado (20), deixaram a delegacia da Gávea, onde passaram a noite, na manhã deste domingo (22). Eles foram para o Instituto Médico-Legal fazer exame de corpo de delito e em seguida foram para o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste.

Os presos não se pronunciaram durante o tempo que passaram na delegacia. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio, eles serão indiciados por associação para o tráfico, porte de armas, sequestro e cárcere privado.

Um dos criminosos feridos no tiroteio, que usou uma ambulância que estava na Favela da Rocinha para tentar escapar da polícia, está internado no Hospital Miguel Couto.

Imagens mostram rendição

Imagens divulgadas pela Polícia Militar mostram o momento em que os homens são presos pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope). Foram cerca de três horas de negociação antes da prisão dos dez suspeitos.

Antes da invasão do hotel de luxo, criminosos tiveram uma intensa troca de tiros com policiais em ruas de São Conrado. Uma mulher que, segundo a Secretaria de Segurança Pública, trabalhava para o tráfico de drogas na Rocinha e era foragida da Justiça, morreu. Quatro policiais militares se feriram durante o confronto.

Madrugada com policiamento reforçadoA Polícia Militar reforçou o policiamento durante a madrugada deste domingo (22) nas favelas da Rocinha e Vidigal, na Zona Sul do Rio, para evitar novos episódios de violência.

De acordo com informações do 23º BPM (Leblon) não houve registro de ocorrências.

O menor detido entre o grupo que invadiu o Hotel Intercontinental foi transferido durante a madrugada para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Os outros suspeitos passaram a noite da 15ª DP (Gávea) e devem ser transferidos neste domingo.

Criminosos invadiram o hotel após o tiroteio com policiais e fizeram 35 pessoas de refém. Entre elas havia cinco hóspedes, todos estrangeiros.

As vítimas foram libertadas, sem ferimentos, após três horas de negociação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) com os criminosos.

Refém conta que ação foi rápida

Um dos reféns do hotel, o garçom, Manoel Severino, de 52 anos, contou que estava no salão do Intercontinental quando foi abordado pelos criminosos. Segundo ele, a ação foi rápida e os criminosos estavam fortemente armados. "Eles (os criminosos) prometiam que não ia acontecer nada com a gente. Eles queriam apenas negociar com a polícia e nos tranquilizaram nos dizendo que tudo ficaria bem". Segundo a vítima, durante as mais de duas horas que ficaram numa sala, os criminosos não se exaltaram, e falaram que iriam queimar os celulares e laptops que estavam com os reféns.

Segundo Manoel, a negociação sobre a rendição do grupo aconteceu com a polícia e o presidente da Associação dos Moradores da Rocinha. Após a conversa, os suspeitos colocaram as armas no lixo e se entregaram.

Segundo a polícia, entre os dez detidos está o traficante Perninha, considerado o segundo homem na hierarquia do tráfico na Rocinha. Já o traficante conhecido como "Nem", que é apontado pela polícia como o chefe do tráfico na Favela da Rocinha, pode estar entre os criminosos que conseguiram fugir após o intenso tiroteio, segundo informou o coronel Paulo Henrique Moraes, comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Grupo deixava festa

De acordo com o tenente-coronel Lima Castro, relações-públicas da PM, a ação dos criminosos teria começado quando o grupo deixava uma festa e se deparou com uma equipe da PM. Eles estavam em uma van e em motos quando encontrou a equipe da PM, que chamou reforço para o local.

Uma moradora de um condomínio que fica na Avenida Aquarela do Brasil viu homens invadindo o local com armas. O porteiro ligou e avisou que havia gente na portaria, para ela não sair de casa. "Estava dormindo quando escutei barulho de tiros. Fui até a janela e vi muitos homens armados correndo. Alguns inclusive passando para dentro do meu condomínio. As pessoas gritavam muito e pediam para ficarem abaixadas", relatou ela.

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