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Um mapa contendo descrições do esquema de segurança e de toda a região onde está localizada a Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), no Jardim Interlagos (zona sul) região Norte do estado - inclusive a distância do 5º Batalhão da Polícia Militar - foi encontrado na noite de segunda-feira dentro de uma das celas da PEL. O material foi encontrado pelos agentes que fizeram a revista, que também acharam entre os presos dois aparelhos e um carregador de telefone celular, além de barras de ferro soltas.

Desenhado a lápis e caneta em folhas de papel, o mapa possuía todos os pontos de guarita internos do prédio da penitenciária, assim como os locais considerados mais fáceis para que o muro fosse pulado. O mapa ainda continha a descrição dos quarteirões e ruas em volta da penitenciária e do estacionamento que fica em frente o prédio. "Havia, inclusive, o itinerário da fuga de setembro, por onde um preso passou", contou o diretor da PEL, Raimundo Hiroshi Kitanishi.

A suspeita é que o mapa seria usado para promover uma nova fuga na penitenciária. A primeira aconteceu no mês de setembro passado, depois de 12 anos sem nenhuma ocorrência do tipo. O mapa foi encontrado em uma das celas da sétima galeria, onde ficam os presos isolados por problemas de comportamento. No local existem sete detentos.

O mapa foi escondido pelos presos na parte lateral da cama de concreto de um deles. Para camuflar o buraco feito na estrutura, eles utilizavam uma mistura de sabão e cimento. Kitanishi disse que será aberto um processo disciplinar para investigar o caso, mas admite que será difícil identificar quem confeccionou o mapa. "A não ser que alguém revele quem fez", disse.

Os telefones celulares e o carregador foram encontrados pelos agentes em outras celas da penitenciária. A administração agora quer saber como esses materiais chegaram até os presos. Na PEL não existe bloqueador de sinal de telefone celular, mas a unidade faz revista com detector de metal.

O agente penitenciário, Ademildo Passos Correia, que é vice-presidente do sindicato da categoria, negou que a entrada dos materiais e confecção dos mapas seja uma falha de segurança. "Encontrar esse mapa e os telefones demonstram como é rígida a nossa revista", argumentou. Ainda conforme ele, com a proximidade do final de ano e o aumento das visitas, as possibilidades de outras ocorrências aumentam. "Vamos ter que redobrar o trabalho". A PEL possui atualmente 580 detentos para uma capacidade projetada de 504. A média é de seis detentos por cela.

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