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Com a destruição das oito celas da carceragem na última rebelião, no dia 10 de janeiro, as visitas e os banhos de sol – direitos assegurados por lei aos detentos – estão proibidos no 11º DP, o que aumenta a insatisfação dos presos e deixa as famílias aflitas. A família de Ricardo Silveira de Souza, 23 anos – um dos 27 fugitivos de ontem –, nunca mais o viu desde a prisão, no dia 31 de dezembro, por tráfico de drogas. Ao procurar a delegacia, afirma a mãe do rapaz, a auxiliar-administrativa Cleusa Maria Silveira de Souza, 42 anos, a resposta dos policiais era de que as visitas só seriam liberadas após a transferência dos presos.

Cleusa diz que a única notícia que teve do filho desde então foi por meio de um ex-detento solto recentemente. "Ele me ligou a pedido do meu filho para dizer que estava tudo bem. Sei que meu filho errou e quero que ele volte para a prisão. Mas não nas condições que ele estava", afirma. Desde que o filho foi preso, Cleusa afirma que não consegue comer e dormir direito por causa da falta de informações. "Ficar nessa situação, sem saber se ele está doente, se está vivo, é muito agoniante. Ninguém merece isso", diz.

Ilegalidade

O presidente da seção paranaense da OAB, Alberto de Paula Machado, afirma que a proibição de visitas não só de familiares, mas também dos advogados, impedidos de conversarem com seus clientes, reforça o quadro de ilegalidade no 11º DP. "É o próprio Estado descumprindo a lei em função da péssima infraestrutura da delegacia", afirma.

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