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Últimos casos

Confira as fugas divulgadas pela imprensa em 2008 e 2009:

Região metropolitana de Curitiba

2008

Junho – Rebelião na delegacia de Santa Felicidade, em Curitiba, deixa um morto e um ferido.

Novembro – Dois presos e um policial civil morrem em rebelião na delegacia de Almirante Tamandaré. Um preso foge.

Dezembro – Três presos fogem em São José dos Pinhais. Dois são recapturados e um é morto.

2009

10 de janeiro – Rebelião na cadeia da Cidade Industrial, em Curitiba, deixa um morto e quatro feridos.

28 de janeiro – Presos promovem motim em Campo Largo.

2 de fevereiro – Em Araucária, 21 detentos escapam da cadeia. Dois são recapturados.

Interior e litoral

2008

Fevereiro – A delegacia de Tibagi é destruída durante rebelião de 33 detentos, mas ninguém foge. Cinco presos escapam da cadeia de Bandeirantes.

Abril – Rebelião na delegacia de Antonina deixa quatro feridos.

Maio – Dezenove detentos fogem da cadeia de Rio Negro. Quatro dos oito presos da delegacia de Mauá da Serra são libertados. Seis detentos fogem em Cambé. Em Astorga, 14 presos escapam. Em Jundiaí do Sul, dois presos são resgatados.

Agosto – Oito presos fugem da delegacia de Paranaguá. Oito presos fogem em Goioerê. Presos promovem motim na cadeia de Assis Chateaubriand, mas niguém foge.

Novembro – Em Ibiporã, 25 presos fogem da delegacia local. Cinco presos escapam da Delegacia de Astorga. Sete presos fogem da cadeia pública de Santa Helena.

Em 32 dias, duas rebeliões e uma fuga ocorreram em delegacias da grande Curitiba. Em 2008, foram 18 casos divulgados pela imprensa (veja box) e todos em locais com superlotação carcerária. O mais recente ocorreu na madrugada de ontem, em Araucária. Foram 21 presos que escaparam por um túnel escavado a partir do vaso sanitário da cela. Até o fim da noite, apenas dois deles tinham sido recapturados. Segundo o delegado de Araucária, Rubens Recalcatti, a maioria dos detentos tinha passagem pelo sistema penitenciário por roubo, homicídios e tráfico. Na noite de ontem, equipes continuavam as buscas pela cidade e arredores.

Havia apenas dois policiais de plantãono momento da fuga. Um dos investigadores ouviu um barulho estranho do lado de fora da delegacia, por volta das 2 horas da madrugada. Foi ao banheiro e avistou pela janela diversos vultos próximos ao muro. Os plantonistas atiraram, conta Recalcatti. Ele imagina que a fuga tenha iniciado à 1h30. O túnel – em formato de L – era muito estreito, dificultando a locomoção dos fugitivos. Para o delegado, a dificuldade de saída e a prontidão do policial em ver os homens evitou a saída de mais homens. A carceragem, com capacidade para 16 detentos, abrigava 49 presos.

Facilidade

O delegado diz acreditar que a abertura do túnel teve início na noite de sexta-feira, após uma revista feita por policiais civis. O terreno ao redor do prédio é úmido e fofo, o que possibilitou a retirada de terra com a ajuda de pratos plásticos. Com cerca de seis metros de comprimento, o túnel ia até a calçada do lado de fora do prédio. Para o delegado, que acompanhou outros casos como o da rebelião de Santa Felicidade e a de Campo Largo, o importante é agir imediatamente.

No caso de Campo Largo, a destruição não foi maior porque a polícia chegou ao local rapidamente, lembra ele. Em Araucária, o bom relacionamento com o judiciário acaba agilizando os processos de alguns presos. "Há a necessidade de reavaliação de todo o sistema. Seja carcerário e judicial para avaliar as condições básicas do cidadão", avisa Recalcatti.

Procurada pela reportagem, a Secretaria da Segurança Pública não informou o número de rebeliões e fugas ocorridas em 2008 e no início de 2009 nas delegacias do estado.

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