Presos italianos que venderam saco de sal grosso como se fosse celular

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Dois turistas italianos foram presos na tarde de terça-feira (26), em Valença, na região Sul Fluminense do Rio, acusados de vender quatro celulares a um comerciante e entregar uma sacola cheia de sal grosso para o comprador. Eles foram autuados por estelionato (art. 171). A advogada da dupla disse que "houve apenas um mal-entendido".

De acordo com policiais da 91ª DP (Valença), onde os dois turistas foram autuados, Franco Della Torre, de 38 anos, e Raffaele Moliterno, 27, ambos de Nápoles, aplicaram o golpe do sal em um dono de uma oficina em Valença.

Eles mostraram para a vítima quatro celulares dizendo que queriam vender por R$ 1.200. O comerciante disse que só poderia pagar com cheques, já que tinha apenas R$ 800 em dinheiro. Os italianos teriam aceitado a quantia, mas, na hora de entregar os aparelhos, deixaram uma sacola com sal grosso em cima do balcão.

Os dois teriam fugido em um carro alugado e foram presos por policiais militares da 3ª Companhia do 10º BPM (Barra do Piraí), numa estrada da divisa de Valença e Rio Preto, em Minas Gerais.

Advogada diz que foi mal-entendido

Os turistas serão transferidos para a sede da Polinter, no Centro do Rio, nesta quarta-feira (27).

A advogada dos italianos, Glória Helena Isseni, que foi contratada pela família dos turistas através da internet, alega que "houve apenas um mal-entendido". Ela vai entrar com pedido de liberdade provisória de seus clientes.

"Eles desembarcaram em São Paulo no dia 19. De lá, alugaram um carro, pegaram um mapa e vieram para o estado do Rio, já que a intenção deles era passar o carnaval na cidade. Mas, infelizmente, se perderam e foram parar em Valença. Como o carro apresentou defeito, eles procuraram essa oficina. Queriam vender os celulares para fazer dinheiro e seguirem para o Rio", afirma a advogada.

Ela não soube explicar, no entanto, porque eles foram presos em direção a Minas e nem mesmo como apareceu o saco de sal grosso.

A advogada disse ainda que os turistas tinham euros, dólares e R$ 2.200, mas precisavam de mais dinheiro para passarem o carnaval no Rio.