Ao menos duas pessoas foram feitas reféns ontem após uma rebelião na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste, no Noroeste do Paraná. O motim começou por volta das 15h30 e até as 21h30 ainda não havia terminado. Um dos reféns é agente penitenciário e o outro é um dos presos da cadeia. Uma negociação entre presos, policiais e representantes da OAB estava em andamento desde o fim da tarde de ontem. Os presos aguardavam a chegada de um representante do Departamento de Execuções Penais do Paraná para prosseguir com a negociação. Não havia registro de feridos até a noite de ontem.
Cerca de cem familiares dos presos protestaram à tarde em frente da unidade para tentar falar com o diretor do penitenciária, Edgar Banhos. O protesto começou logo após a chegada da Tropa de Choque. Os familiares temiam que a polícia entrasse no complexo e machucasse os detentos.
Por volta das 17h30, fumaça foi vista no local, mas não foi possível identificar o que os detentos estariam queimando. Policiais militares do 25.º Batalhão, de Umuarama, e do 7.º Batalhão, de Cruzeiro do Oeste e Goioerê, cercaram o presídio logo após o início do protesto.
Segundo parentes dos detentos, a causa da rebelião seria o modo como são tratados os familiares dos presos durante as visitas. Os detentos também estariam sendo agredidos em algumas circunstâncias.
De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, a unidade atualmente tem 900 presos, mas a capacidade seria para 700. O governo do estado, por meio da assessoria de imprensa, afirma que não há superlotação no presídio de Cruzeiro de Oeste. Segundo os dados do estado, a unidade tem capacidade para receber 1.108 detentos e, atualmente, conta com 865.
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