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Quatro homens foram presos por suspeita de envolvimento no crime que tirou a vida da professora Renata Melo do Amaral, 36 anos, que foi baleada com o filho no colo, no Boa Vista, em Curitiba. Segundo a polícia, eles fazem parte de uma quadrilha especializada em roubo de carros, que são levados para o Paraguai. Dois deles foram detidos nesta quinta-feira (8), em Umuarama.

O primeiro suspeito preso foi Luiz Fernando Arcílio, 18 anos, no último sábado (3). O carro de Renata, um Astra, tinha sido roubado 12 dias antes do latrocínio e foi abandonado por problemas mecânicos, segundo a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV). Dentro do automóvel, foram deixados comprovantes de compras em mercado, que levaram a polícia a localizar Arcílio, que foi reconhecido pelo marido da vítima como autor do primeiro roubo. "Nós verificamos o horário e o local das compras nas notas e analisamos as imagens das câmeras do mercado para identificar o suspeito", disse o delegado Renato Fiqueiroa.

Com a prisão de Arcílio, os investigadores descobriram que ele fazia parte de uma quadrilha especializada em roubo de carros, que recebia encomendas de uma pessoa de Umuarama e que os veículos roubados eram vendidos no Paraguai. "Semanalmente eles roubavam de três a cinco carros na capital". No início, existiu a suspeita de que os assaltantes teriam voltado para buscar objetos deixados no veículo da vítima, mas a hipótese foi descartada pela polícia. "Eles não tinham motivos para voltar. Além dos comprovantes, só foi deixado um equalizador de som. Foi uma infeliz coincidência eles terem tentado roubar o mesmo carro", disse Figueiroa. Segundo o delegado, os assaltantes tinham sido incumbidos de roubar um Astra, uma Zafira e um Honda Civic.

A polícia também recebeu uma denúncia anônima, que dizia que a arma usada no crime estava enterrada próxima a um pé de limão, em um posto de combustíveis na BR-277, e que um dos criminosos iria buscá-la. Os policiais foram até o local e prenderam Marcelo Dubay, 25 anos, conhecido como "Polenta", na segunda-feira (5). O revólver de calibre 38 foi encaminhado para a perícia, que confirmou ser a arma que matou Renata.

As investigações seguiram e a polícia identificou outros dois homens que fariam parte do grupo: Alan Cristian Horst Beck, 23 anos, conhecido como "Sassa", e Alex Martins, 27 anos. Os dois foram detidos por volta das 6 horas desta quinta-feira (8), com o apoio da 7º Subdivisão Policial. Martins é o líder do bando, segundo Figueiroa, e é o responsável por fazer as encomendas. "Ele encomendou os três carros ao Arcílio, que decidiu terceirizar o trabalho e contratou o ‘Sassa’ e o adolescente para fazerem os roubos". Eles receberiam R$ 2,5 por cada veículo, informou a polícia.

Martins também teria fornecido um Fiat Uno vermelho para ser usado nos crimes. O carro, que ainda não foi localizado, aparece nas imagens das câmeras de segurança de uma residência próxima ao local do latrocínio. Dois homens também aparecem correndo no vídeo. Eles são Beck e o adolescente, segundo o delegado. Dubay era o motorista do Uno, conforme a polícia.

O menor é conhecido como "Cabeça" e tem 16 anos. Ele ainda não foi localizado. Os homens presos afirmam que o adolescente foi o autor do disparo que matou Renata, mas a polícia ainda vai investigar essa informação. "Nenhum deles quer assumir a autoria de um latrocínio, que tem pena de no mínimo 20 anos. Querem colocar a culpa no menor", disse o delegado.

Beck, Dubay e Arcílio foram levados para a carceragem da DFRV. Martins ficou preso em Umuarama, porque havia um mandado de prisão contra ele no município.

O crime

Renata Melo do Amaral não quis entregar a chave do carro e foi baleada na cabeça, no estacionamento de um brechó infantil, por volta das 9 horas, no bairro Boa Vista. No momento do crime, ela estava com o filho no colo. A criança não ficou ferida.

O crime ocorreu na Rua Fernando de Noronha. Testemunhas disseram à polícia que a mulher mordeu a mão de um dos assaltantes e isso pode ter motivado o homem a atirar na vítima. A vítima foi enterrada na sexta-feira (2).

VIDA E CIDADANIA | 0:26

Uma mulher de 36 anos morreu com o filho no colo ao reagir ao assalto no Boa Vista

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