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Três agentes de carceragem da cadeia pública de Telêmaco Borba (Campos Gerais) foram mantidos reféns por mais de 17 horas durante um motim na unidade.

Segundo informações da Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju), por volta das 18h deste domingo (13), os presos tentaram realizar uma fuga em massa, que foi frustrada pelos funcionários da cadeia. Depois de uma madrugada tumultuada, inclusive com queima de colchões, o motim só foi encerrado às 11h30 desta segunda (14), sem nenhum ferido.

Dos quatro agentes que contiveram a tentativa de fuga, três foram mantidos reféns pelos presos e um quarto conseguiu trancar o portão da unidade e acionar ajuda policial.

Ainda segundo a Seju, os amotinados utilizaram estoques (espécie de faca improvisada) para ameaçar os agentes. Os presos aceitaram terminar a confusão quando os policiais se comprometeram a não utilizar repressão para recolocá-los nas celas.

Eles também pediram que, apesar do ocorrido, a rotina da cadeia (banho de sol, visitas) não sofra restrições nos próximos dias. No entanto, segundo a Seju, essa reivindicação ainda precisa ser analisada pela Justiça local de Telêmaco Borba, que também poderá – eventualmente – agravar as penas dos presos envolvidos no motim.

Superlotada

A cadeia de Telêmaco Borba tem capacidade para 84 presos, mas tem 147 atualmente. A Secretaria reconhece a superlotação, mas afirma que não há como fazer transferências imediatas.

O órgão prevê que a situação desta e de outras cadeias do estado possa ser amenizada com a criação de mais 6.670 vagas no sistema penitenciário – entre agosto deste ano e julho de 2015 – e com a utilização de tornozeleiras eletrônicas em presos provisórios a partir de outubro deste ano. O preso que utiliza esse dispositivo não precisa permanecer na cadeia.

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