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Para a implantação do projeto, 50 policiais rodoviários federais de outros estados foram deslocados para o Paraná | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Para a implantação do projeto, 50 policiais rodoviários federais de outros estados foram deslocados para o Paraná| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) pretende reduzir em 12% o número de acidentes fatais nas rodovias federais que passam pela região metropolitana de Curitiba (RMC), no período de um ano, com a implantação do projeto Unidades de Atendimento ao Cidadão (Unaci). A meta foi divulgada ontem pela PRF, no lançamento nacional do projeto, durante solenidade no Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), em Curitiba. O Paraná é o primeiro estado a receber as unidades, que fazem parte do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci) e têm como objetivos melhorar a sensação de segurança nas estradas e tornar mais ágil o atendimento de ocorrências nas rodovias federais. A PRF promete também reforçar o combate ao tráfico de drogas, ao excesso de velocidade e ao abuso de álcool por motoristas.

"Dizem que se tem de testar todos os produtos em Curitiba. E o nosso produto de segurança pública também, de certa forma, vai ser testado aqui no Paraná", afirmou o diretor-geral da PRF, Hélio Cardoso Derenne. Segundo ele, de um orçamento de R$ 12,387 milhões para o projeto em todo o país neste ano, R$ 4 milhões já foram gastos no Paraná.

O motivo de a região metropolitana de Curitiba ter sido a primeira a receber o projeto, segundo a Polícia Rodoviária, foi que a área representa, em escala reduzida, toda uma diversidade de traçados rodoviários e de perfil de usuários de estradas do Brasil. Segundo a PRF, cerca de 3 milhões de habitantes em 20 municípios serão beneficiados diretamente nesta primeira fase do Unaci.

Para a implantação do projeto na RMC foram deslocados 50 policiais rodoviários federais de outros estados para o Paraná, que conta agora com um efetivo de 230 integrantes, patrulhando os 529 quilômetros em quatro rodovias federais que cortam a região – as BRs 116, 476, 277 e 376. O número de viaturas foi ampliado de 17 para 45. Segundo a PRF, os policiais começaram a receber ontem os primeiros computadores portáteis que permitem o acesso à ficha criminal de ocupantes de veículos e a bancos de dados sobre veículos roubados ou multados. A PRF deve adquirir também, nos próximos meses, novos equipamentos como câmeras de monitoramento e vigilância, radares e bafômetros.

Outros locais

A previsão é de que em 2009 o projeto seja implantado em Belo Horizonte, Recife e outra regiões. Como para que o projeto seja efetivado é preciso um maior contingente policial, deverão ser contratados nos próximos meses cerca de 300 policiais no Pará e no Mato Grosso do Sul, além de outros 3 mil no próximo ano, que serão admitidos por concurso público, ainda a ser realizado. O orçamento para a continuidade do projeto no próximo ano é de R$ 38 milhões.

Segundo Derenne, o "Pronasci das Estradas" traz um novo modelo de policiamento, baseado em estudos técnicos realizados pelo órgão desde 2003. A proposta, diz ele, é que os policiais rodoviários consigam chegar nos locais de acidente em até 15 minutos, nas rodovias das regiões metropolitanas. Para conseguir isso, o diretor-geral da PRF explica que eles irão trabalhar em duplas, podendo receber apoio de outras viaturas, conforme for a gravidade de ocorrências. "Além de darmos ao cidadão a sensação de segurança nas rodovias, vamos distribuir as viaturas de tal maneira que, quando as pessoas fizerem uma viagem, com certeza irão ter a sensação de segurança." O projeto deverá continuar também a realizar ações sociais nos municípios contemplados, com ênfase na educação de trânsito e saúde de motoristas profissionais.

Durante o lançamento do projeto, a Polícia Rodoviária mostrou dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), indicando que cada acidente custa R$ 19 mil em perdas patrimoniais, R$ 96 mil se houver alguém ferido e R$ 467 mil em caso de vítima fatal.

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