A vida nunca foi fácil para Rosa Aparecida Nilse, 80 anos. Por conta de uma poliomielite que deixou seqüelas nas duas pernas, ela foi entregue para ser criada pelos tios e a relação com os primos nem sempre foi amistosa.
Antes de ir morar no Asilo São Vicente de Paulo, há dez anos, onde está sendo alfabetizada, Rosa era obrigada pelos primos a dormir do lado de fora da casa em que morava em Guarapuava, na Região Centro-Sul do estado. "Eles bebiam e me tocavam de casa mesmo nos dias de chuva. Ficava no meio dos bichos, com os cachorros, patos... Quando aparecia cobra eu morria de medo", revela.
A decisão de buscar outro lugar para morar surgiu no dia em que os abusos chegaram ao extremo. Um dia um dos primos a agrediu com chutes. Um dos golpes tirou o equilíbrio de Rosa, que caiu em um poço vazio. "O poço estava seco, machuquei a cabeça e tenho problema no joelho até hoje. Só consegui sair porque gritei e uma vizinha me ouviu", recorda.
Quando perguntada se gostaria de manter contato novamente com os parentes, Rosa é enfática: "Não quero saber de mais ninguém".
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