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O governador José Roberto Arruda (DEM-DF) elegeu como prioridade acabar com as invasões de terras e a ocupação irregular no Distrito Federal, promovida ao longo dos últimos anos pelo ex-governador Joaquim Roriz e seu grupo político. Grupo ao qual já pertenceu – Arruda foi secretário de Obras do primeiro governo de Roriz.

Qual é a prioridade de sua administração?Meu maior desafio é a ocupação fundiária, isso é o que pode inviabilizar o futuro da cidade.

Tem custo político?Minha aprovação está caindo, é de 70% nas classes A/B e de 40% nas classes D/E.

Como se chegou a essa situação, com 26% da população morando em áreas irregulares?Quando Brasília foi criada, foi feita a desapropriação de 5.800 quilômetros quadrados. Mas nem todos os proprietários foram pagos. Hoje há dois tipos de terras divididas irregularmente. As que são consideradas particulares, cuja partilha não obedeceu ao código de urbanismo, e as feitas em áreas públicas griladas. O exemplo mais gritante está aqui na frente da casa do governador. Isso aqui eram chácaras arrendadas, em área da União. Os caras retalharam as chácaras, construíram uma cidade inteira.

São duas gerações de políticos e empresários que sobreviveram disso. Não vai esbarrar nesses interesses?Já esbarrei. Tudo isso não teria ocorrido sem a omissão do Estado. Há gente que mora há 30 anos em Brasília e paga aluguel. Há gente que chega aqui e em seguida ganha um lote, prêmio por ter invadido. Essa indústria acabou.

E o que fazer com os que continuam chegando?Estamos investindo R$ 30 milhões na região para melhorar a qualidade de vida dessas populações antes que isso vire uma Baixada Fluminense.

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