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Policiais revistam jovens, após controlarem o tumulto | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Policiais revistam jovens, após controlarem o tumulto| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo
  • Policial mostra as munições encontradas.

A prisão de um jovem na área da Unidade Paraná Seguro (UPS) do bairro Parolin, em Curitiba, gerou confusão na tarde desta segunda-feira (3). Ao ver que o rapaz estava sendo algemado e colocado dentro do camburão, alguns moradores da comunidade Cidade de Deus se revoltaram e tentaram agredir os policiais. A viatura foi alvo de pedras e tijolos, além de dois tiros. Pelo tumulto, além do suspeito, outras cinco pessoas foram presas.

Segundo o aspirante Guilherme Ovçar, a ação ocorreu no final da rua Lamenha Lins, por volta das 15h30. Dois policiais pretendiam abordar o rapaz, que estava acompanhado de outra pessoa. Quando perceberam a presença da viatura, eles fugiram por uma viela próxima, mas foram capturados. "Verificamos que um deles estava com mandado de prisão em aberto, e fomos prendê-lo. No momento de colocá-lo no camburão, a comunidade foi contra", afirma Ovçar.

O mandado de prisão contra o rapaz seria por tráfico de drogas, diz o policial. O rapaz estaria foragido da Colônia Penal Agrícola, mas como estava sem o documento - obrigatório neste caso -, acabou sendo levado à delegacia, onde continua detido até que a situação seja averiguada.

Tumulto

Moradores ficaram muito revoltados com as prisões. Ao verem a reportagem da Gazeta do Povo, cerca de 30 pessoas se aproximaram para relatar sua indignação. Entretanto, eles não quiseram se identificar. "Não queremos policial desse jeito. Eles vêm caindo em cima, para atirar", disse um homem de meia-idade.

De acordo com o policial, um menino de 15 anos saiu de dentro de um barracão de reciclagem e foi o primeiro a agredir a equipe. "Ele foi para cima para puxar o preso. Logo outras pessoas vieram junto", afirma. Além de atirarem pedras e tijolos contra o carro, dois tiros foram disparados em direção ao veículo. A polícia, por sua vez, também atirou. Ninguém ficou ferido.

De acordo com moradores, no entanto, o garoto teria sido levado após questionar a truculência de um policial com o rapaz. Moradores e familiares repetiram várias vezes que ele é um garoto trabalhador. O menino detido trabalha numa cooperativa de reciclagem na rua Lamenha Lins.

Segundo o aspirante Ovçar, "a operação policial apenas reagiu às agressões da comunidade". Ele completa que o menino desacatou um policial e também avançou com agressividade, e por isso foi detido.

Com o tumulto, além do suspeito, outras cinco pessoas foram encaminhadas para o 2º Distrito Policial e estão presas. Elas devem responder por desobediência, desacato, resistência e lesão corporal.

Conflito

Para Ovçar, o incidente foi um fato isolado. "Não é uma situação cotidiana. No fim de semana, por exemplo, fizemos o patrulhamento e as pessoas estavam nos recebendo muito bem. Infelizmente, às vezes elas não entendem o motivo da prisão e reagem. Meu conselho, nesse caso, é anotar qual é a viatura, quais são os policiais e então ir ao estado averiguar o que aconteceu. Senão, pode gerar um problema como este ou até mais sério", diz.

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