O processo que poderia cassar a licença de Cid Vasques, que lhe permite ocupar o cargo de secretário de Segurança Pública do governo do Paraná, foi interrompido nesta segunda-feira (16). Na última sessão do ano, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ-PR) decidiu que não poderia correr processo administrativo no Conselho Superior do Ministério Público (MP-PR) enquanto o mandado de segurança impetrado por ele (que tenta suspender seu julgamento no Conselho do MP) não seja analisado pelo tribunal.

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Na prática, significa que Vasques estaria teoricamente garantido no cargo por mais algum tempo. Teoricamente porque na manhã desta terça (17), a última sessão do ano do Conselho do MP poderá decidir se a sua licença será prorrogada por mais um ano ou não. Essa decisão é independente dos processos que correm contra o secretário na Justiça. Como Vasques é procurador do MP, precisa de licença especial para ocupar cargo de secretário.

Sobre a decisão de hoje, o advogado de Vasques, Rodrigo Xavier Leonardo, diz que o Órgão Especial do TJ teria entendido que o direito de defesa do secretário foi prejudicado. "Na prática, fica o reconhecimento que foi cerceado o direito de defesa, de produção de provas, de apresentação em tempo adequado. Tudo isso é contrário à Constituição", afirma.

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A queda de braço entre Gaeco, braço do MP, e Vasques já se desenrola desde setembro, quando Vasques decidiu propor um sistema de rodízio para substituir, a cada dois anos, todos os 57 policiais cedidos ao grupo. No final de agosto, o Gaeco, pediu que o conselho revogasse a licença que permite ao procurador Cid Vasques ocupar o cargo de secretário de estado. Desde então, uma guerra de liminares e até reclamações ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi protagonizada por ambas as partes.

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