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Os funcionários da catedral de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais prepararam 400 velas, achando que o frio e o feriadão espantariam as pessoas no dia da padroeira de Curitiba, mas o acessório acabou faltando. A igreja esteve lotada na noite de ontem para a última missa, celebrada pelo arcebispo metropolitano, dom Moacyr Vitti. "O povo tem um amor muito grande por Nossa Senhora e muitos deixam de viajar para estar aqui", disse o arcebispo, depois da procissão luminosa, que percorreu ruas centrais de Curitiba.

Na homilia, dom Moacyr lembrou a comparação bíblica que associa a Virgem à aurora. "Assim como a aurora traz depois o sol, Maria traz Jesus, a luz do mundo", disse, ressaltando que a data de ontem é comemorada em toda a Igreja Católica como a festa da natividade de Nossa Senhora.

Com a tradicional fita azul dos congregados marianos, Pedro Martins, 73 anos, disse participar da procissão há quatro décadas. "É uma alegria ainda estar firme e com coragem", disse. O deputado estadual Rafael Greca comentou a identidade curitibana presente na festa. "A devoção à Senhora da Luz é anterior até à fundação da cidade", afirmou.

Este ano, pela primeira vez, a tradicional imagem de Nossa Senhora que fica no altar da catedral não foi usada na procissão. "Esta é uma imagem histórica, do século 18, e não queremos que ela corra risco", justificou o cônego Pedro Wilson, pároco da catedral. Greca lamentou a troca. "Em todos esses anos nunca aconteceu nada à Virgem", argumentou. A imagem usada pertence a dom Moacyr – foi um presente dado a ele em 2002 quando deixou a capital, onde era bispo auxiliar, para ser bispo de Piracicaba (SP). "Ela quis que os dois voltássemos para Curitiba", afirmou.

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