O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, disse ontem que abriu investigação interna contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) e mandou notificá-lo para que, no prazo de 20 dias, dê explicações sobre a suspeita de partilha de R$ 2,23 milhões, combinada em telefonemas gravados.
Depois disso, ele decidirá se requisita ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito criminal contra Roriz ou se oferece denúncia, que equivale ao pedido de instauração de ação penal. Os desdobramentos irão depender do volume de provas ou indícios obtidos na apuração.
"O senador foi intimado para, em 20 dias, dar informações sobre todos os elementos que estão no procedimento (investigação). Eu sempre dou oportunidade para que o parlamentar se contraponha ao que está dito. Ele já foi até o plenário do Senado falar sobre esse assunto. Então eu estou aguardando. Depois desse prazo, tomarei as providências cabíveis."
A assessoria da Procuradoria Geral afirmou que o prazo não é rigoroso. Se após 20 dias a defesa não estiver pronta, o advogado de Roriz poderá pedir mais tempo.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, Otávio Augusto Barbosa, encaminhou ontem ao Ministério Público cópias dos processos envolvendo o senador Roriz. Em nota oficial, o magistrado informou que serão tomadas as "providências necessárias", se verificados desvios de conduta de integrantes do tribunal. Barbosa não fez menção às acusações que envolvem Roriz e juízes da instituição.
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