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A procuradora de Justiça aposentada Vera Lucia de Sant’Anna Go­­mes terá de pagar tratamento psicológico para a menina de 2 anos que pretendia adotar. A Vara de In­­fância, Juventude e Idoso da Co­­marca do Rio de Janeiro acolheu on­­tem um dos pedidos feitos pelo Mi­­nistério Público (MP) do Rio na ação civil pública contra a procuradora, acusada de torturar a criança. Também ontem, a mãe da me­­nina disse que vai tentar recuperar a guarda da filha. Vera Lúcia teve a prisão decretada na quarta-feira e continua foragida.

O MP pediu que a procuradora comece a custear imediatamente o tratamento psicológico, em unidade da rede particular de saúde, no valor de 10% de seus rendimentos. O abrigo onde a criança se encontra terá dez dias para contratar um profissional. Na ação, cujo mérito não foi julgado, o MP solicita que a ré seja condenada ao pagamento de indenização por danos morais de pelo menos mil salários mínimos e de uma pensão mensal de 10% de seus rendimentos até que a criança complete 18 anos.

A menina foi abandonada três vezes pela mãe antes de ser encami­­nhada para o apartamento da procuradora. Nas duas primeiras vezes, a mãe recuperou a guarda da filha. "A mãe tem grande parcela de culpa no que está acontecendo", disse o conselheiro tutelar He­­ber de Boscoli Leal.

O advogado Jair Leite Pereira, que defende Vera Lúcia, entrou ontem com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio, na tentativa de impedir a prisão de sua cliente.

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