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A Procuradoria-Geral de Justiça designou o promotor Carlos Roberto Marangoni Talarico, do 1º Tribunal do Júri da Barra Funda, para acompanhar o caso da morte do motoboy Alexandre Menezes dos Santos, de 25 anos, na madrugada de sábado (8) em Cidade Ademar, na Zona Sul da Capital. Quatro policiais militares suspeitos de terem matado o motoboy já estão presos.

O promotor Carlos Roberto Marangoni Talarico atuará no caso até que o inquérito policial seja distribuído a um outro promotor de Justiça.

Em entrevista ao SPTV, a mãe da vítima contou que ficou sem saber o que fazer ao presenciar as agressões. "A dor foi ver meu filho ser morto e não poder chamar a polícia. Não gritei por polícia, não liguei no 190. Por que eu ia chamar quem?", disse a vendedora Maria Aparecida de Oliveira Menezes, de 43 anos.

A Corregedoria da Polícia Militar prendeu os quatro policiais militares por suspeita de matar o motoboy. O rapaz abordado andava de moto na contramão e sem placa. Os policiais estão no presídio Romão Gomes. Em nota, a PM informou que os quatro, "diante do uso excessivo de força física", foram autuados por homicídio culposo (sem intenção de matar).

De acordo com a nota da PM, divulgada no domingo (9), os policiais abordaram o motoboy na Rua Guiomar Branco da Silva, na Vila Marari, por volta das 3h30 deste sábado. Após a ordem de parada, segundo a polícia, ele tentou fugir e foi imobilizado.

No comunicado, a Polícia Militar disse ainda que "após luta corporal com os policiais e em função do uso de força física excessiva praticada por estes", o homem "foi lesionado no pescoço. Não houve disparo de arma de fogo". Socorrido, ele morreu no pronto-socorro.

O caso foi registrado no 43º DP (Cidade Ademar). Segundo a Secretaria da Segurança Pública, para imobilizar o rapaz, os policiais contaram no boletim de ocorrência terem aplicado nele duas "gravatas". Foi quando o motoboy desmaiou. Depois disso, foi levado ao hospital.

No distrito policial, ao contrário da interpretação da Corregedoria da PM, os quatro foram autuados por homicídio culposo, mas pagaram fiança e foram liberados.

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