Postos abandonados não trazem apenas risco de explosão. Segundo Carlos Itsuo Yamamoto, do Laboratório de Análise de Combustíveis da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os tanques podem vazar e contaminar o solo. "Eles podem sofrer fissuras e contaminar os lençóis freáticos, envenenando muita gente", afirma. "Também podem minar garagens de prédios vizinhos, que têm faíscas de lâmpadas e outros fatores de ignição, com o risco de causar uma explosão. O ideal seria esgotar todo o tanque e lavá-lo."
Em janeiro do ano passado, o vazamento em um posto desativado levou o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) a lacrar o local. Havia cerca mil litros de álcool e 4 mil litros de gasolina armazenados em dois tanques. "Isso é um defeito no Brasil. Quando o posto fecha, o local é abandonado. Mas se trata de uma atividade perigosa, que deveria ser mais fiscalizada", afirma Yamamoto.
Segundo o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Maurício Hugolino Trevisan, especialista em produtos perigosos, muitos postos mantêm uma reserva de combustível durante o período em que procuram se adequar às normas da Agência Nacional de Petróleo (ANP), para, depois, ser mais fácil voltar a funcionar. "A ANP fecha muitos postos e impõe uma série de condições. Até acertarem a parte burocrática, os postos ficam com combustível reservado." Trevisan alerta que os reservatórios subterrâneos também devem ser observados, por oferecem mais risco de contaminação do solo. (JML)
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