Foi enterrado ontem o corpo do professor universitário Kássio Vinicius de Castro Gomes, de 39 anos, assassinado por um aluno na noite da última terça-feira. O Sindicato dos Professores da Rede Privada de Minas Gerais (Sinpro-MG) afirmou, em nota oficial, que "o ocorrido não pode ser tratado como mera fatalidade" e cobrou das instituições de ensino uma discussão sobre a violência no interior das faculdades e escolas particulares.O professor, que dava aulas no curso de Educação Física, foi esfaqueado pelo estudante do 5.º período Amilton Loyola Caires, de 23 anos, dentro da faculdade particular Instituto Metodista Izabela Hendrix, na capital mineira. De acordo com a Polícia Civil, após ser preso, Caires confessou o crime alegando que se sentia perseguido pelo docente.
O corpo de Gomes estava sendo velado desde o fim da tarde de quarta-feira. Centenas de pessoas, entre parentes, alunos, colegas e amigos do professor, acompanharam a cerimônia de sepultamento no Cemitério Parque da Cachoeira, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Parentes da vítima cobraram justiça.
"O caso trágico revela a relação tensa e de desrespeito que milhares de docentes têm vivido no interior das escolas. Há muito tempo, os donos de escolas vêm sendo informados pelo sindicato do aumento da violência contra a categoria no cotidiano escolar", afirmou o Simpro-MG em nota. No ano passado, o sindicato divulgou uma pesquisa apontando que 24% dos 686 docentes entrevistados afirmaram que já haviam sofrido violência física durante o trabalho.
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