• Carregando...

Um disque-denúncia criado em Minas Gerais para receber queixas de professores que foram vítimas de violência re­­gistra, em média, uma de­­nún­­cia a cada três dias. Cria­­do em fevereiro pelo Sinpro-MG (sindicato dos professores da rede particular), o 0800 recebeu, até setembro, 83 ligações. Segundo o sindicato, o serviço é o único do tipo no país. Ainda de acordo com a entidade, 43 ligações partiram de professores da rede pública e 40, da rede privada.

O presidente do Sinpro-MG, Gilson Reis, estima que o número de casos de violência seja ainda maior. Para ele, docentes da rede privada têm medo de denunciar abusos porque podem ser demitidos. Nos estabelecimentos particulares, ameaça, intimidação, agressão verbal e assédio moral são as queixas mais comuns. Houve também dois relatos de violência física e um professor denunciou a existência de tráfico de drogas na escola.

Para Reis, é importante que os professores denunciem agres­­sões nos primeiros estágios. "No ano passado, um aluno matou um professor universitário em Belo Horizonte. Ele iniciou com a intimidação, depois houve a agressão verbal e chegou ao limite, o que poderia ter sido evitado", diz. Na maioria dos casos, o autor da violência foi um aluno.

As queixas de docentes da rede privada são acompanhadas com o professor, levadas à direção da escola ou comunicadas à polícia. Na rede pública, os casos são comunicados à Se­­cretaria Estadual de Educação ou à Secretaria de Direitos da Cidadania do município. Em Minas, as denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800-7703035.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]