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O secretário estadual de Educação, Altevir Rocha de Andrade, determinou que 4,8 mil docentes, que estão afastados de suas atividades, devem voltar à sala de aula. Esses professores estão participando do projeto de formação continuada, o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), mas terão de se apresentar imediatamente aos núcleos regionais de educação em que estiverem jurisdicionados. A convocação deve suprir a falta de professores, que está afetando o calendário escolar de 2010.

De acordo com a coordenadora do setor de Recursos Humanos da Secretaria de Estado de Educação (Seed), Siloé Loures Costa, a medida é emergencial e deve durar até o dia 22 de dezembro, quando começam as férias dos professores. "Estão faltando cerca de 600 professores em sala de aula e a escola não pode finalizar o ano letivo com a carga horária ou calendário incompletos", justifica.

Para Silóe, as atividades realizadas no PDE não serão prejudicadas. "Eles (os professores) estão, praticamente, em férias antecipadas, porque a quantidade de ações nos cursos já diminuiu", argumenta. De acordo com a coordenadora, se os professores que voltarem às salas de aulas ainda tiverem alguma atividade, haverá flexibilidade de horário.

Ainda segundo a coordenadora, todos os professores foram chamados para não ser necessário utilizar algum critério de escolha que pudesse ser injusto. A chamada em caráter emergencial começou a ser feita ontem e a expectativa do órgão é que hoje parte dos professores já esteja em sala de aula. "Já falamos com algumas regionais no interior e os professores estão aceitando bem", afirma Siloé.

A medida, porém, não foi aceita com tranquilidade pelos representantes do sindicato da classe. Luiz Carlos Paixão, secretário de imprensa da APP-Sindicato, entidade que representa os trabalhadores em educação no Paraná, assegura que o governo teria outras formas de resolver o problema. "O executivo precisa autorizar a abertura de novos contratos, para substituições, ou proceder com a nomeação de aprovados em concursos públicos." De acordo com Paixão, o PDE pode ficar prejudicado com a ação. "O programa é um dos melhores do país. Essa medida intempestiva poderá colocar em jogo a qualidade do PDE e dos trabalhos desenvolvidos pelos professores", opina.

O sindicato vai se reunir com o secretário hoje para tentar modificar a decisão. Nos últimos dias, a classe fez uma série de manifestações solicitando solução para o atraso no pagamento de professores temporários.

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