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Os professores do Colégio Estadual Santa Rosa, do bairro Cajuru, em Curitiba, fizeram reunião nesta sexta-feira (5) para tentar remediar a violência dos alunos. De acordo com os docentes, ameaças e agressões a professores são comuns no colégio. O estopim veio no início desta tarde, quando um aluno de 11 anos da 5ª série agrediu uma professora de História, interrompendo a explanação e causando tumulto.

"O menino uivava na sala enquanto eu tentava dar aula. Fui até perto para tentar mudar ele de lugar", relata a professora agredida, Vilma de Souza Chinasso, 58 anos. O aluno não teria gostado da atitude de professora e acabou avançando contra ela. A professora foi derrubada. Na queda, se chocou contra uma carteira e abriu um ferimento no joelho.

A aula foi interrompida. A diretora-auxiliar Cristiane Basso afirma ter chamado os pais, que disseram não poder sair de seus locais de trabalho para se dirigir até a escola. A Patrulha Escolar foi convocada e aconselhou os professores a falar novamente com os pais para avisar que o filho seria levado ao Conselho Tutelar –se o agressor tivesse 12 anos, seria encaminhado para a Delegacia do Adolescente. "Quando liguei, a mãe me disse: ‘vocês tomem as providências de vocês que eu vou tomar as minhas’", afirma Basso.

Segundo a coordenação pedagógica do colégio, o aluno tem 20 ocorrências de infrações comportamentais no colégio só neste ano. "Os professores estão com medo das ameaças que sofrem de certos alunos. Fica difícil de trabalhar. Qualquer hora a gente está refém na escola", desabafa Vilma.

Uma professora, que não quis se identificar por medo de represálias dos alunos e dos pais, corrobora com a professora e afirma que não há respaldo nenhum do estado. "Se um professor arranhar um aluno, sofre punições severas. Agora se o carro de um professor for baleado, como já aconteceu, ninguém sabe, ninguém foi", conta a professora que esteve na reunião desta tarde.

O Conselho Tutelar do Cajuru se limitou a dizer que orientou os pais e professores, mas não quis dar detalhes sobre o caso, nem o contato dos pais do aluno que agrediu Vilma.

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