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Mesmo depois de decisão judicial, a greve dos professores municipais de Colombo não dá sinais de que vá terminar tão cedo. Na noite desta quinta (3), os grevistas vão acampar embaixo da marquise do Paço Municipal, no Centro da cidade da Região Metropolitana. Também nesta quinta começa a valer a multa de R$ 10 mil por dia de greve, estipulada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O advogado da Associação dos Professores Municipais de Colombo (APMC) está preparando recurso para tentar reverter a decisão.

O acampamento de professores deve ter adesão de 10 a 20 pessoas nesta quinta, na estimativa da APMC. Na sexta, os grevistas devem se reunir para decidir se continuam acampados.

No balanço dos grevistas, 80% das escolas e 25% dos centros de educação infantil não abriram nesta quinta. Para a prefeitura, apenas 20% das instituições de ensino municipais não abriram as portas durante o dia.

A decisão do TJ-PR considerou a greve ilegal porque, de acordo com a assessoria da prefeitura, a entidade que mobiliza a paralisação é uma associação e não um sindicato. O presidente da APMC, Claudinei Duarte de Lima, afirma que a entidade tem alvará e CNPJ e que aguarda apenas protocolo do Ministério do Trabalho para se tornar sindicato.

A multa de R$ 10 mil por dia de paralisação também não assusta os grevistas. "Se for preciso, nós vendemos o terreno para pagar a dívida. Nossa riqueza são os professores", desafiou o presidente da APMC.

Desde o início da paralisação, no dia 23, a APMC já promoveu diversas carreatas, caminhadas e passeatas, além do bloqueio de ruas, da Estrada da Ribeira e da Rodovia da Uva.

Os professores reivindicam a reposição das perdas salariais que não aconteceriam desde 1996; revisão do plano de cargos e carreiras; equiparação dos salários dos professores aos dos funcionários terceirizados; auxílio-transporte e alimentação; e unificação dos cargos de professor e educador.

A prefeita Beti Pavin (PSDB) não tem previsão de negociar com os grevistas. De acordo com a assessoria da prefeitura, melhorias e benefícios para a categoria já foram anunciados – o que inclui reajuste de até 12% e 19% para professores e educadores a partir de janeiro do ano que vem. A revisão de cargos e salários já estaria sendo feita e a hora-atividade teve aumento de 5% desde agosto, de acordo com a assessoria.

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