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Professores contratados por meio do Processo de Seleção Simplificado (PSS) pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) ainda reclamam por não receber salários e verbas rescisórias prometidas pelo governo. Com temor de retaliações futuras na distribuição das aulas no próximo período letivo, nenhum dos docentes que a Gazeta do Povo procurou quis se identificar. No entanto, afirmam que pode haver manifestações públicas contra o governo, caso não recebam até o final desta semana. Segundo informações do Grupo de Recursos Humanos Setorial (GRHS) da Sed, estão registrados aproximadamente 114 professores sem suprimento e, como consequência, sem pagamento. Já as verbas rescisórias dependem de liberação da Secretaria de Estado da Fazenda. O governo não informou qual o valor total a ser pago aos professores e também não deu previsão de quando os recursos vão estar disponíveis.

No entanto, de acordo com a presidente do Sindicato dos Professores do Paraná (APP), Marlei Fernandes de Carvalho, a Seed prometeu que tudo será pago até o dia 31 de dezembro. "Estamos acompanhando o caso de perto e o governo nos prometeu que vai pagar tudo. As verbas rescisórias serão depositadas através de uma folha suplementar", disse. Caso a promessa de pagamento seja cumprida, será o capítulo final de uma novela que se arrasta desde o mês de outubro, quando 2,9 mil professores tiveram atrasos em seus pagamentos. Na maioria dos casos, essa situação se manteve até esta quarta-feira (29), quando receberam os salários atrasados, mas sem as verbas rescisórias. Além disso, a Seed atrasou em dois dias o décimo terceiro salário aos contratados pelo PSS, pagando apenas no último dia 22.

O temor dos professores é de que situações que ocorreram em outras transições de governo voltem a ocorrer. "Minha mãe era professora do Estado e ela me conta que houve épocas em que os professores temporários ficaram mais de um ano sem receber o dinheiro da rescisão", diz uma das professoras.

Segundo a presidente da APP, isso ocorreu nos tempos em que ainda havia contratações por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "Mesmo assim, o prazo para esse tipo de pagamento era de três anos, naquela modalidade", esclarece Marlei.

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