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Professores, em protesto na terça-feira (21), na prefeitura de Curitiba | Henry Milleo/Gazeta
Professores, em protesto na terça-feira (21), na prefeitura de Curitiba| Foto: Henry Milleo/Gazeta

Professores da rede municipal de ensino de Curitiba apostam em uma nova reunião com a prefeitura nesta quarta-feira (22) para definir o destino da greve da categoria. Eles pedem um novo encontro com o executivo, já que a rodada desta quarta (21) acabou sem acordo. O balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Educação, que ainda não se posicionou sobre a agenda da reunião, aponta que 140 das 185 escolas municipais estão funcionando, 33 têm atendimento parcial e 12 estão fechadas por causa da paralisação dos professores. Os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) funcionam normalmente.

O Sismmac, sindicato que representa os professores da rede municipal, ainda não divulgou balanço sobre este segundo dia de paralisação consecutiva.

A greve dos professores começou na quarta-feira passada (15), foi suspensa na sexta-feira e retomada nesta terça (21). Em uma assembleia marcada para depois do encontro com a prefeitura nesta quarta, a categoria vai discutir se continua ou não com a paralisação. As respostas serão levadas para avaliação mesmo que elas não atendam à pauta que sustenta o movimento.

“Após essa tentativa de acordo, seja como for, a gente vai se reunir para avaliar o movimento”, afirmou a professora Viviane Viviane Bastos, que faz parte da direção do Sismmac, sindicato que representa os docentes

Segundo o Sismmac, a entidade fez um pedido para que representantes fossem recebidos às 14 horas na prefeitura. A administração municipal, contudo, disse que ainda não há nada definido sobre o encontro.

Mutirões

Pela manhã, os professores fizeram mutirões em diversas regiões da cidade para conversar com a comunidade sobre os motivos da greve. “Tentamos sensibilizar a comunidade, tentando fazer com que eles compreendam o movimento e também para que eles possam ajudar cobrando que prefeitura não deixe de lado as negociações”, disse Viviane.

Os professores pede um posicionamento da prefeitura sobre a implantação do plano de carreira e também a contratação imediata de aproximadamente mil professores. O número seria suficiente para preencher as vagas deixadas em aberto desde 2015 por causa de aposentadorias, exonerações e óbitos. Segundo o sindicato, o cadastro reserva formado no último concurso público para a área é suficiente para preencher o déficit da educação municipal.

Ajuste fiscal

Os professores afirmam que há ainda a possibilidade de incluir na pauta de reivindicações uma cobrança do governo municipal sobre a reforma na Previdência prevista no ajuste fiscal prometido por Rafael Greca (PMN).

Na segunda-feira (20), a prefeitura informou que pretende recompor as finanças do município com a criação de um fundo de pensão para os servidores; a recuperação de valores referentes à contribuição patronal para inativos e pensionistas, que o município entende que foram pagos indevidamente; o aumento progressivo da alíquota de contribuição; e o equacionamento em 35 anos do déficit atuarial e das dívidas atuais.

O Instituto de Previdência dos Servidores do Município (IPMC) defende que o modelo atual da previdência municipal não é sustentável porque, com o envelhecimento da população, há cada vez menos servidores ativos na comparação com inativos.

“A pauta que nos levou à essa paralisação é o plano de carreira e contratação de mais professores. Mas claro que a gente vai discutir ataque ao IPMC com toda a categoria. Não descartamos que a gente inclua na pauta essa questão e continue fazendo pressão nos vereadores”, declarou Viviane.

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