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Professores seguiram em passeata até o Palácio Iguaçu | Jonathan Campos/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Professores seguiram em passeata até o Palácio Iguaçu| Foto: Jonathan Campos/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Trabalhadores promovem protestos em Curitiba

O Dia Nacional de Mobilização e Paralisação nesta sexta-feira (30), convocado por centrais sindicais, começou com manifestações em Curitiba. Os bancários fazem atos no Centro e atrasam a abertura de agências. Os petroleiros promoveram uma manifestação em frente à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Leia a matéria completa.

  • Professores fizeram passeata pelo Centro da capital paranaense
  • Concentração para o protesto dos professores ocorreu na Praça Santos Andrade, em frente à UFPR
  • Professores protestam em Curitiba 25 anos depois de repressão policial a manifestação no Centro Cívico
  • No Centro, professores relembram os conflitos com a polícia que ocorreram em uma passeata em 1988
  • Cerca de dois mil professores participaram do movimento organizado pelo sindicato da classe nesta sexta-feira (30) em Curitiba
  • 70 ônibus trouxeram professores dos municípios do interior para participar dos atos da categoria

Professores e servidores da educação pública do Paraná protestam em Curitiba nesta sexta-feira (30) no dia que marca os 25 anos do conflito com policiais que ocorreu em um protesto no Centro Cívico da capital em 1988. Além de docentes da cidade, representantes do interior vieram em quase 70 ônibus para participar da manifestação, que começou nesta manhã na Praça Santos Andrade e se deslocou até a Praça Nossa Senhora da Salete, em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual. Estimativa da PM aponta que cerca de duas mil pessoas aderiram ao movimento.

Veja fotos da manifestação dos professores

A Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) orientou o trânsito na região, que ficou bastante complicado principalmente no cruzamento da Avenida Cândido de Abreu com a Rua Barão de Antonina. Por volta das 10h30, eles saíram do ponto de encontro, seguiram pela Rua Marechal Floriano e foram até a Avenida Marechal Deodoro da Fonseca. Depois de contornar a Praça Tiradentes, seguiram pela Rua Barão do Serro Azul e percorreram a Avenida Cândido de Abreu até a Praça Nossa Senhora da Salete. Neste local, uma comitiva do sindicato foi recebida pelo governo para uma reunião.

O vice-governador e secretário estadual de educação Flávio Arns foi quem conversou com a coordenação dos manifestantes e apresentou uma proposta para atender parte das reivindicações da categoria.

Na reunião, o governo se comprometeu a incorporar 0.6%, sobre o atual piso salarial dos professores, em uma folha complementar que deverá sair até o décimo dia útil do mês de setembro. O acréscimo vai equiparar o salário da categoria ao piso nacional dos professores, estabelecido pelo governo federal.

Outra folha complementar proposta para o mesmo período vai reajustar em 3.8% o salário dos funcionários das escolas. O valor é referente ao novo enquadramento do quadro de servidores da educação básica, que, de acordo com a APP, deveria ter sido pago no início de agosto.

Os débitos relativos a promoções em atraso e progressões também foram contemplados. Eles terão de ser quitados, respectivamente, em folha complementar até meados de setembro e na folha de pagamento normal dos professores do próximo mês.

A categoria aprovou a proposta em uma assembleia realizada logo após a reunião. No entanto, o sindicato que representa os professores da rede estadual afirmou que, caso as propostas não sejam pagas até o dia 10 de setembro, uma nova assembleia será realizada para definir o rumo das mobilizações da classe.

"A categoria deliberou por ficar monitorando todas essas implementações. Se o governo já falhar em algum momento, convocamos uma assembleia para o dia 21 e podemos parar todas as escolas", declarou a presidente da APP-Sindicato, Marlei Fernandes de Carvalho.

De acordo com o sindicato, para quitar todas as dívidas com os professores da rede estadual, o governo deverá gastar mais de R$ 48 milhões.

Mais cedo, a presidente tinha dito que os professores tinham plano de acampar em frente à sede do governo caso a proposta não fosse satisfatória. "O governo já conhece as nossas reivindicações, a única resposta que a categoria quer hoje é o pagamento. Nos devem mais de R$ 40 milhões em pagamento de progressões, promoções e implantação do piso salarial. Queremos sair daqui com uma folha de pagamento complementar".

Com a proposta feita pelo governo, o plano então foi deixado de lado. Todos os professores que vieram de outros municípios do estado já estão retornando.

A professora Tereza Lemos, coordenadora da APP Curitiba Norte, também citou a dívida e criticou a postura do ex-governador Álvaro Dias sobre a manifestação. "Hoje é uma data simbólica porque completa 25 anos que foi ordenado o massacre dos educadores e da educação do Paraná. Nunca mais os professores trabalharam ao dia 30 de agosto em repúdio a esse acontecimento. Hoje, o ex-governador Álvaro dias erra de novo quando não admite que houve violência [por parte do governo na ocasião]".

Acidentes causaram atrasos na manifestação

Houve atraso do grupo de professores na hora de partir da Praça Santos Andrade para o Centro Cívico – prevista inicialmente para as 9h30. A chegada dos ônibus do interior foi prejudicada poucos quilômetros antes da entrada de Curitiba pela BR-277 devido a um congestionamento. De acordo com a concessionária Rodonorte, por volta das 8h20, no quilômetro 112 (região de Campo Largo) da BR-277, na chegada do interior a Curitiba, um engavetamento envolveu cinco veículos. Ninguém ficou ferido no acidente, mas o fluxo ficou bastante prejudicado. Além disso, pouco mais cedo, uma colisão entre dois carros ocorreu no quilômetro 107 da mesma estrada. Ambas as ocorrências foram normalizadas e as 10 horas já não havia reflexos no trânsito da região.

Interior

Pelo menos 20 cidades do interior confirmaram a realização de manifestações para esta sexta. A maioria delas ocorre pela manhã. Integram a lista de cidades: Apucarana, Assis Chateaubriand, Campo de Mourão, Cascavel, Cornélio Procópio, Congoinhas, Urai, Santa Mariana, Bandeirantes, Leópolis, Ribeirão do Pinhal, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Jacarezinho, Laranjeiras do Sul, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Toledo e União da Vitória.

Veja fotos da manifestação dos professores

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