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Ponta Grossa - Situações de risco, pressão da opinião pública e cobrança da corporação. Essas condições alimentam o estresse dos policiais. Para tentar ajudar, o ministro da Justiça, Tarso Genro, lançou ontem no Rio de Janeiro o Programa Nacional de Atenção à Saúde dos Servidores de Segurança Pública e Guardas Municipais. Por enquanto, só o Rio de Janeiro será beneficiado. Ontem mesmo foram assinados convênios no valor de R$ 10 milhões.

Na prática, municípios e estados que tenham projetos de atenção à saúde para agentes de segurança poderão receber o apoio financeiro e técnico do Ministério da Justiça para a execução. O ministro afirmou, durante a solenidade, que o programa olha com atenção o lado do policial. "Não temos de levar em conta apenas os direitos humanos em relação à população, mas também em relação à polícia", declarou. O programa vislumbra a prevenção e o tratamento da dependência química, de diabetes e de hipertensão, saúde bucal, tratamento para servidores envolvidos em ocorrências com morte e incentivo a atividades físicas.

No Paraná, o atendimento a policiais com problemas de saúde é concentrado em Curitiba. O Centro Terapêutico da Polícia Militar realizou, somente em 2008, 2,5 mil atendimentos. Segundo o presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai), Eliseu Furquim, seria necessária a expansão dos serviços para o interior. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol), Ademilson Antônio Alves Batista, as situações de estresse se dão por causa da falta de efetivo policial. "A profissão já é estressante, mas com a falta de policiais isso aumenta, o policial tem de trabalhar mais e em menos tempo, a sociedade cobra respostas", diz.

Somente nesta semana dois agentes morreram no Paraná. No domingo, um guarda municipal foi morto a tiros numa tentativa de assalto na Cidade Industrial, em Curitiba. Na última terça-feira, um policial militar foi assassinado em Farol, perto de Campo Mourão, por um suspeito de um assalto. O suspeito foi morto um dia depois numa troca de tiros com a PM.

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