• Carregando...

A página do Facebook que organizava um "rolezinho" no Shopping Mueller, em Curitiba, foi apagada. Até por volta das 9 horas desta quarta, quando a reportagem fez o último acesso à página do evento, 181 pessoas já haviam confirmado presença no encontro, que estava previsto para ocorrer às 18 horas desta quinta-feira (23). Pouco antes das 11 horas, novo acesso foi feito, mas a página não foi mais localizada.

Apesar da incerteza da realização rolezinho no Shopping Mueller, dois outros eventos similares continuam marcados entre jovens para o Shopping Pátio Batel.

Um deles é o #Rolezinho no Batel, que tinha 447 pessoas com presença confirmada até as 11h55. O outro encontro, Rolezin no Batel, tinha 514 confirmações. Organizadores deste último descrevem o evento como sendo "’em apoio à galera de São Paulo, contra todas as formas de opressão, discriminação, criminalização e repressão contra pobres, negros (as), jovens e trabalhadores (as)".

Outro lado

O Shopping Pátio Batel, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que em nota que a "principal preocupação, em qualquer situação, é garantir a segurança e o conforto para todos os clientes, funcionários e lojistas. Ocorrências assim exigem atenção como qualquer aglomeração de pessoas".

Sobre o encontro, o Shopping Mueller, em nota, disse que "está ciente do evento agendado nas mídias sociais, e todas as medidas estão sendo tomadas pelo shopping para zelar a segurança de todos e o patrimônio." O centro comercial não informou, no entanto, quais seriam estas medidas, caso o "rolezinho" fosse realizado.

Nesta terça-feira, representantes de shoppings da capital decidiram que nenhum estabelecimento irá entrar com ações na Justiça do Paraná para impedir a realização destes encontros. Na reunião, que aconteceu no Sindicato dos Lojistas de Shoppings de Curitiba (Sindishopping), ficou decidido que os estabelecimentos irão fortalecer a segurança privada, mas sem ações de caráter judicial.

Pelo país

Na linguagem popular, "rolezinho" significa passear ou dar uma volta. Mas, nas últimas semanas, a palavra tem sido bastante usada para descrever reuniões de jovens, principalmente da periferia, em shoppings centers do país.

Organizado por meio de redes sociais, estes encontros começaram em São Paulo, no fim do ano passado. Desde então, vários ocorreram, chegando a reunir milhares de pessoas em shoppings das maiores cidades brasileiras.

Na capital paulista, os eventos têm sido reprimidos pela polícia e proibidos por decisões judiciais em favor dos shoppings. Muitos centros comerciais têm preferido fechar as portas para evitar os encontros. No último domingo (19), dez jovens foram abordados por seguranças do Shopping Center Norte. Eles foram comunicados que poderiam ser multados, caso causassem problemas, ou fizessem algazarra. Os adolescentes desistiram de entrar no centro comercial.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]