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Se sancionada a nova lei, obras como iluminação pública poderiam ter custo repartido com população | Cesar Brustolin/SMCS
Se sancionada a nova lei, obras como iluminação pública poderiam ter custo repartido com população| Foto: Cesar Brustolin/SMCS

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Veja o que diz o projeto de lei aprovado pela Câmara de Curitiba. Na opinião de Jonny Stica, autor da proposta, a destinação dos recursos da parceria é mais visível que a dos impostos.

• A obra deve ser solicitada pela comunidade ou proposta pelo município e aprovada em audiência pública

• O custeio de execução é partilhado entre prefeitura e população, mediante concordância de, no mínimo, 60% dos proprietários envolvidos

• Obras já previstas no orçamento não poderão ter custo compartilhado

• Munícipes que comprovem baixa renda e estejam cadastrados em programas sociais ficam excluídos da cobrança

• As obras, que não incluem a construção predial de equipamentos para educação e saúde, envolvem asfaltamento e melhorias viárias, calçamento, acessibilidade e iluminação pública, áreas verdes, de lazer e recreação e instalação de benfeitorias úteis.

Com vinte votos favoráveis e seis contrários, vereadores de Curitiba aprovaram na sessão plenária de ontem a redação final do projeto de lei que pretende instituir a possibilidade de que moradores dividam com a prefeitura o custo para execução de obras públicas comunitárias. Com o trâmite já encerrado na casa, a proposta segue agora para sanção do prefeito Gustavo Fruet (PDT).

Na semana passada, Fruet chegou a confirmar à rádio CBN ser favorável à iniciativa. Contudo, a prefeitura disse que não comentará o caso até a chegada do projeto ao executivo municipal, o que deve ocorrer em, no máximo, dez dias.

De autoria do vereador Jonny Stica (PT), o projeto chamado de Vizinhança Ativa sugere que as obras públicas passem a ser custeadas tanto pela prefeitura como pela comunidade beneficiada. Se passar a valer, obras como asfaltamento, calçamento e acessibilidade, iluminação pública, áreas de lazer e recreação e outras construções definidas em audiências públicas entrariam neste pacote de rateio da comunidade.

De acordo com o texto, a limitação orçamentária da prefeitura é uma das justificativas do projeto, que também foi considerado por Stica como uma forma simplificada das Parcerias Público-Privadas (PPPs) previstas por lei federal.

A medida seria aplicada tanto para obras requeridas pelos próprios moradores, por meio de solicitação oficial, como abaixo-assinados, como também pelos serviços considerados necessários pela própria prefeitura. Para isto, teria que haver consenso entre o poder público e os moradores em audiência pública.

No segundo dia de votação, que precedeu a votação em redação final, na quarta-feira (10), após muito debate, parte dos vereadores chegou a pedir adiamento da votação para que todas as dúvidas a respeito do projeto pudessem ser esclarecidas antes que o documento fosse aprovado. Os pedidos não foram atendidos, e a proposta continuou em discussão, até ser aprovada, em segunda discussão, com um placar de vinte votos a favor e dez contrários.

Ao texto foram acrescentadas três emendas. Uma delas exclui pessoas de baixa renda e cadastradas em programas sociais de ajudarem nos pagamentos previstos pela proposta. Também ficarão de fora do projeto obras em equipamentos de saúde e educação bem como obras que já estão no orçamento da prefeitura.

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