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O programa Estradas da Liberdade, que vai criar rotas alternativas às rodovias pedagiadas, está sendo recebido com certa desconfiança pelos motoristas paranaenses. A importância é reconhecida, mas alguns acham que o sucesso dependerá de obras completas, como instalação de terceira faixa em pontos críticos, sinalização horizontal e vertical, e 100% de restauração, inclusive com reforço na pavimentação.

A Gazeta do Povo percorreu os dois primeiros trechos a serem recuperados pelo governo. O da PR-486, entre Assis Chateaubriand e a ponte do Rio Piquiri, na Região Oeste, e o da PR-218, entre os municípios de Atalaia, Ângulo e Iguaraçu, na Região Noroeste. O investimento total é de R$ 11,4 milhões e a rota evita sete postos de cobrança. As obras devem iniciar no segundo semestre, depois de passada a fase de licitação, autorizada pelo governador Roberto Requião (PMDB) na última terça-feira.

No trecho de 18 quilômetros da PR-486, a rodovia está cheia de buracos, acostamento irregular e sinalização precária. Para o caminhoneiro Cícero Cândido da Silva, 62 anos, de Assis Chateaubriand, que usa a estrada diariamente, a recuperação pode ser uma boa idéia. "Tem de ser serviço de qualidade e que dure bastante porque só tapar buraco não resolve nada", diz. O também caminhoneiro Klaus Rodolfo, 26 anos, já utiliza a rota Assis-Umuarama para transportar grãos e escapar dos pedágios. A economia chega a R$ 105. "A viagem aumenta em 100 quilômetros, mas compensa porque eu desvio de três pedágios", destaca.

O presidente da concessionária Viapar (que será afetada pelo desvio), Inaro Fontan Pereira, disse que os desvios não preocupam a concessionária. "Eu acredito que os usuários vão optar pelo conforto, pela segurança e pelos serviços oferecidos pelas concessionárias", diz.

Já em boa parte dos 28 quilômetros da PR-218, o tráfego de carretas é intenso. Há trechos bem conservados e outros com muita trepidação. Os buracos ainda são raros, mas a malha asfáltica é fina. Um dos principais problemas e a falta de acostamento em alguns pontos.

O caminhoneiro Eris Joel da Silva Ribeiro, morador de Paranavaí, diz economizar R$ 100 ao "fugir" do pagamento da tarifa. No entanto, ele tem uma reclamação. "Antes de Atalaia há buracos, porque a malha não suporta o peso das carretas", resume.

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