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A Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) informou, por meio da assessoria de imprensa, que não comenta projetos em tramitação no Legislativo. O órgão informou que existe um estudo para incentivar o uso do cartão-transporte para reduzir o volume de dinheiro circulando no sistema, mas que isso não inclui a exclusividade de pagamento com o documento.
Um projeto que proíbe a substituição de cobradores pelo cartão-transporte começou a tramitar ontem na Câmara Municipal de Curitiba. De autoria dos vereadores Rogério Campos (PSC) e José Carlos Chicarelli (PSDC), o projeto já havia sido protocolado na terça-feira da semana passada. Porém, os autores quiseram fazer uma alteração no texto da proposta.
Na nova redação, foi adotado o verbo "proibir", substituindo o verbo "restringir", como constava previamente no texto. O projeto segue para a Procuradoria Jurídica da Casa, antes de seguir para apreciação das comissões da Câmara.
De acordo com Campos, a proposta visa proteger o emprego dos cobradores. "Fomos eleitos para defender os interesses do povo e não os interesses da máquina e dos grandes empresários", defende o vereador. Para Campos, empregar o termo "proibir" dificulta que a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) se utilize de artifícios jurídicos para passar por cima da lei, como, segundo o vereador, aconteceu no caso da dupla função dos motoristas dos micro-ônibus.
Por meio de assessoria de imprensa, Chicarelli afirma que os cobradores são importantes para o transporte não apenas por sua função de gerenciar a entrada de usuários, mas também pelo auxílio que prestam aos passageiros no momento de embarque e desembarque e com informações.
Dúvida
Porém, o projeto não deixa claro para quais ônibus valeria a proibição. Segundo os autores da proposta, será nas discussões das comissões que os vereadores irão decidir sobre essa questão. No entanto, os dois vereadores já esclarecem que a proibição não vale para os micro-ônibus, embora a informação não esteja no texto da proposta.
Outro projeto
Outra proposta em tramitação na Casa prevê a ampliação gradativa do uso do cartão-transporte. Nesse caso, as empresas concessionárias do transporte coletivo seriam responsáveis por elaborar um plano de remanejamento dos cobradores atingidos. Em dois anos, segundo o projeto, os cobradores seriam recapacitados e não seriam demitidos.
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