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No quinto dia do julgamento de Adriana Ferreira de Almeida, acusada de mandar matar o marido – o lavrador e ganhador da Mega-Sena Renné Senna –, a Promotoria acusou a viúva de planejar o crime após ouvi-lo dizer à filha, em novembro de 2006, que iria tirar a mulher do seu testamento e de sua conta-corrente.

O julgamento de Adriana recomeçou ontem no Tribunal do Júri de Rio Bonito, a 72 quilômetros do Rio de Janeiro. Ontem começaram os debates entre acusação e defesa, que devem durar cerca de nove horas. Segundo a promotora Priscilla Naegelle, no mesmo mês, Adriana voltou a falar com o executor do crime, apontado como sendo o ex-PM Anderson Sousa para acelerar o assassinato.

A promotora também pediu a absolvição dos policiais militares Marco Antônio Vicente e Ronaldo Amaral, o China, acusados de envolvimento do crime, por falta de provas. Eles trabalhavam como seguranças na fazenda de Senna.

Segundo ela, a única prova registrada nos autos contra Amaral é de que ele teria uma moto parecida com a usada no crime. Contra Vicente, a acusação é de que ele teria ajudado a esconder a moto do colega, informação que foi recebida através de denúncia anônima e que, segundo a promotora, não é comprovável.

A outra ré no processo, Janaína Silva de Oliveira, amiga de Adriana acusada de intermediar o contato entre a viúva e Anderson Sousa, também teve a absolvição recomendada pela Promotoria, por falta de provas.

Anteontem, a viúva foi interrogada por aproximadamente cinco horas e disse que a filha de Senna tinha interesse na morte do pai.

Adriana afirmou à Justiça que é inocente. "Não tenho culpa de nada", disse. A acusada contou que tinha um bom relacionamento com Senna, que conheceu ainda antes de ficar milionário.

O caso

Senna foi morto em 2007, dois anos após ganhar R$ 51,8 mi­­lhões na Mega-Sena. A viúva te­­ria se aliado a uma amiga e a quatro ex-seguranças do milionário para cometer o crime. De­­ficiente físico – Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes –, o ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito.

Desde a morte de Senna, a cabeleireira trava uma batalha judicial com Renata Almeida Senna, única filha do milionário, pelos bens deixados pelo ex-lavrador. O pedido de reconhecimento de união estável foi feito pela própria acusada.

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