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A promotoria de Defesa dos Direitos Constitucionais e de Investigações Criminais (PIC) instauraram na sexta-feira (18) um procedimento administrativo para investigar a violência em Londrina, no Norte do estado, e mensurar os investimentos feitos na área de segurança pública na cidade. O levantamento de dados é apenas o primeiro passo de um trabalho que pretende mobilizar toda a sociedade no combate à criminalidade.

Segundo o promotor de Defesa dos Direitos Constitucionais, Paulo Tavares, o procedimento foi instaurado com base em notícias veiculadas pela imprensa e reclamações da população levadas ao Ministério Público (MP) referentes à violência e à segurança pública. "Vamos buscar informações junto aos órgãos que atuam na área de segurança pública para que possamos quantificar a violência na Cidade. Esse é o ponto do partida para mobilizar toda a sociedade", disse Tavares.

De acordo com o Jornal de Londrina desta quarta-feira, o promotor afirmou ter encaminhado ofícios ao comandante do 5.º Batalhão da Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Marcos de Castro Palma, e ao delegado-chefe da Polícia Civil em Londrina, Jurandir Gonçalves André, solicitando dados que ajudem o MP a quantificar a violência no Município.

Tavares salientou que os esforços do MP não deverão se concentrar apenas na luta pelo aumento do efetivo policial, mas na luta pela inclusão social, buscando junto à sociedade civil organizada meios de se resolver o problema. "Todos nós queremos paz. Nossa proposta é trabalhar com o preventivo e a sociedade deverá fazer a sua parte, apresentando sugestões e atuando no combate à violência".

Tavares adiantou, no entanto, que os trabalhos do Ministério Público deverão ficar distantes de alterações no Código Penal e da redução da idade penal. "O Código Penal já tem leis bastante severas e reduzir a idade penal é jogar o problema sob o tapete. A solução não é colocar o jovem na prisão". O promotor espera reunir os dados técnicos e científicos referentes à violência em Londrina até meados de dezembro e pôr algumas ações em prática antes do final do ano. O promotor da PIC, Leonir Batisti, não quis comentar o fato por considerá-lo ainda incipiente. O comandante do 5.º BPM informou que até a tarde desta terça-feira ainda não havia recebido nenhum ofício do MP.

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