O primeiro dia do julgamento serviu também para apresentação, pela promotoria, de um vídeo com a reconstituição do crime, feito pelo Centro de Perícias Renato Chaves. A defesa apresentou fotos de manifestações contra a missionária em Altamira. O protesto foi realizado um ano antes do assassinato e foi comandado da tribuna da Câmara Municipal por vereadores que chegaram a chamar a freira de "satanás da Transamazônica". Três testemunhas da acusação foram ouvidas. A primeira foi o delegado da Polícia Federal Ualame Machado, que participou das investigações. Perguntado pela defesa sobre a existência de um suposto consórcio de fazendeiros para o financiamento do assassinato da missionária, Machado disse que nada ficou provado durante as investigações. O delegado Valdir Freire, que à época do crime dirigia a Divisão de Investigações e Operações Policiais, também interrogado, confirmou a declaração de Machado, afirmando que a Polícia Civil não confirmou a associação de fazendeiros da região para matar a freira.
A missionária norte-americana Roberta Lee, que trabalhou com Stang em comunidades de agricultores no interior do Maranhão e no sudeste do Pará, informou que conhecia a vítima desde 1966. Lee negou que Stang distribuísse armas para os colonos de Anapu. "O que ela distribuía eram cestas básicas, fornecidas pelo Incra".
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