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O Centro Hospitalar de Reabilitação do Paraná deverá começar a funcionar somente no fim de 2007, segundo o governo do estado, um ano depois de concluída a construção da estrutura física da unidade, no bairro Cabral, em Curitiba. Ontem, o governo disponibilizou para consulta pública a lista dos equipamentos que serão adquiridos para a unidade, a primeira do gênero na região Sul do país. A descrição técnica dos materiais está no endereço eletrônico www.cpsesa.pr.gov.br. A consulta vai até 20 de junho. Depois será realizada uma audiência pública e aberta uma licitação para a compra dos materiais.

A estrutura física foi construída com recursos do governo do estado, totalizando R$ 15 milhões, em uma área de aproximadamente 10 mil metros quadrados, cedida pela Associação Paranaense de Reabilitação (APR). As obras terminaram em dezembro de 2006, mas a APR depende da aquisição dos materiais (também com recursos estaduais) para inaugurar o Centro Hospitalar. A unidade será administrada pela APR, que firmou parcerias com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

"Estávamos pensando em começar um pouco antes, mas ainda falta equipar. Em grande parte a demora se deu porque os aparelhos têm muitas especificidades e tecnologia importada", disse ontem o presidente da APR, Cadri Massuda. Apesar da previsão menos otimista do governo, ele pretende iniciar os trabalhos entre outubro e novembro, oferecendo serviços de atendimento médico, fisioterapia, hidroterapia, psicoterapia, fonoterapia e terapia ocupacional, que ocuparão os três primeiros andares. O hospital terá 80 leitos (12 deles em unidade de terapia intensiva) e centro cirúrgico. Massuda espera que esta ala comece a funcionar entre março e abril de 2008.

A aquisição dos equipamentos deverá custar cerca de R$ 20 milhões, na estimativa do presidente da APR. Já o custo mensal do Centro Hospitalar chegará perto dos R$ 2 milhões. Segundo Massuda, a entidade poderá arcar com cerca de R$ 500 mil. "A Secretaria de Estado da Saúde vai ter que continuar com a parceira. Não adianta só construir o espaço físico e comprar os materiais, tem que nos ajudar com a manutenção", disse.

A UFPR tem ajudado a Sesa na escolha dos equipamentos e disponibilizou dois professores para acompanhar o projeto. A idéia, segundo o reitor Carlos Augusto Moreira Júnior, é transformar o Centro em um hospital de ensino, a exemplo da relação que a instituição mantém com o Hospital do Trabalhador, o Hospital das Clínicas e a Maternidade Vítor Ferreira do Amaral, todos em Curitiba. "A proposta é que a Universidade Federal monte a parte acadêmica e fique responsável por esta parte. Vamos ter profissionais das mais diversas áreas da saúde", afirmou Moreira. O conselho gestor do hospital será formado por representantes da APR, da Sesa e da UFPR.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde, lamentavelmente, preferiu não dar entrevistas sobre o assunto.

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