Alberto Carlos Almeida, diretor do Instituto Análise, tem experiência em pesquisar o comportamento dos brasileiros. Além de se autor dos livros A cabeça do brasileiro e A cabeça do eleitor, ele dirigiu as pesquisas de opinião da Fundação Getúlio Vargas e da Ipsos.
Para ele, não existem dúvidas de que o vigor econômico das igrejas pentecostais e neopentecostais, bancado pelas doações dos fiéis, fortalece politicamente o grupo evangélico. "Parte desse dinheiro é usada para financiar campanhas. A tendência é essa influência aumentar. Os evangélicos estão se capitalizando mais ao longo dos anos", diz Almeida.
Segundo ele, havia a suposição de que os evangélicos doam mais dinheiro que os católicos. O que não se sabia é quanto mais eles davam. "A recente prosperidade das igrejas evangélicas pentecostais é visível. Os templos são enormes. Elas têm recursos para investir em redes de rádio e televisão. A surpresa vem do fato de os pentecostais terem uma renda menor do que a dos católicos e a contribuição ser bem maior. Eles ganham menos e estão mais dispostos a doar", afirma o pesquisador.
Para Almeida, o pentecostalismo no Brasil hoje é uma religião emergente em termos de recursos financeiros. "É como se, do ponto de vista econômico, o catolicismo fosse a Europa e o pentecostalismo a Coreia do Sul", diz.Religião
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