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Um protesto de "paseros" – como são chamados os transportadores de mercadorias de primeira necessidade do Brasil para o Paraguai – interrompeu parcialmente o trânsito na fronteira entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este por mais de duas horas nesta quinta-feira (10). O grupo de cerca de 40 manifestantes reunido na aduana paraguaia da Ponte da Amizade se mobilizou para exigir, mediante o pagamento das multas, a liberação de uma van apreendida por fiscais da Subsecretaria de Estado de Tributação há cerca de três meses.

De acordo com o proprietário, Elizardo Mendoza, o veículo carregado com fardos de açúcar e farinha, caixas de óleo, frutas e verduras foi apreendido quando deixava o porto fluvial Três Fronteiras, em Presidente Franco, vizinha a Ciudad del Este. Apesar da pressão do grupo de transportadores, a van permanecerá retida por ter sido flagrada sendo usada para o transporte de mercadorias contrabandeadas. A lei, nesse caso, é semelhante à adotada pelos órgãos de fiscalização brasileiros. Os "paseros" não descartam a hipótese de bloquear o trânsito na Ponte da Amizade.

Com a confusão iniciada por volta das 8h, o fluxo de carros, ônibus, motos e vans ficou lento durante quase toda a manhã. A fila do lado brasileiro se estendeu por cerca de 1,5 Km. O tráfego só foi normalizado perto das 14h. Na fronteira, o contrabando de mercadorias é feito nos dois sentidos. Enquanto no Brasil ingressam irregularmente cigarros, eletrônicos e equipamentos de informática, os armazéns paraguaios são abastecidos com produtos que vão desde farinha, bebidas e açúcar, até material de limpeza e papel higiênico.

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