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Motoqueiros se espremem para ter preferência na vistoria da aduana, em Foz: fila do engarrafamento chegou a dois quilômetros | Christian Rizzi/ Gazeta do Povo
Motoqueiros se espremem para ter preferência na vistoria da aduana, em Foz: fila do engarrafamento chegou a dois quilômetros| Foto: Christian Rizzi/ Gazeta do Povo

Uma mobilização de servidores públicos federais tumultuou o trânsito na Ponte da Amizade, fronteira entre Brasil e Paraguai, na tarde de ontem. Unidos, auditores-fiscais da Receita Federal (RF) e peritos e delegados da Polícia Federal (PF) fizeram uma operação-padrão na aduana brasileira. Entre 15 horas e 17 horas, eles vistoriaram todos os carros e motos que saíam do Paraguai em direção ao Brasil. O resultado foi uma fila enorme e muito tumulto. O protesto, em busca de mais qualidade para o desempenho das funções públicas, também atingiu aeroportos do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Lá, policiais federais protestaram contra os cortes do governo no orçamento da PF.

No lado paraguaio, a operação-padrão provocou uma fila de veículos com mais de dois quilômetros para quem trafegava em direção a Foz. O efetivo de policiais federais foi incrementado com a presença de dez peritos e seis delegados, que ajudavam na checagem. Incomodadas com o congestionamento, muitas pessoas preferiram cruzar a fronteira a pé, ao invés de circular com carros e motos.

O mototaxista Antônio Marcos, 27 anos, ficou parado mais de uma hora e meia no congestionamento, onde um grupo de motoqueiros disputava espaço. "Ninguém respeita. Todo mundo mete o pé na moto". Para os mototaxistas, a tarde de trabalho foi perdida ontem.

Razões do protesto

O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais (Sindifisco Nacional), Sergio Diniz, diz que a operação-padrão foi feita para marcar o lançamento da mobilização "Direito a um Serviço Público de Qualidade", desencadeada por servidores da Receita, delegados e peritos da PF, auditores do trabalho e advogados da União.

Os servidores querem a reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho a partir de mais contratações e incremento na estrutura de portos, aeroportos e aduanas. "Tomando como exemplo hoje, podemos ver que os crimes acontecem nas barbas da polícia e da Receita. A operação-padrão devia ser rotina e não exceção", afirma Diniz. A PF reivindica, além de mais agentes, o retorno do pelotão da Força Nacional de Segurança (FNS) à fronteira, cujo efetivo foi deslocado de Foz com o fim da Operação Sentinela.

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