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Ponta Grossa – Um protesto pelo passe livre para os estudantes e contra o aumento da tarifa, previsto para entrar em vigor hoje em Ponta Grossa, interrompeu a circulação dos ônibus do transporte coletivo por 5 horas na manhã de ontem no terminal central da cidade. Cerca de 500 estudantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e de colégios estaduais impediram a entrada e saída de ônibus no terminal. Com faixas e apitos, eles sentaram nas entradas do terminal e na Avenida Vicente Machado, uma das vias mais movimentadas da cidade.

De acordo com números da Viação Campos Gerais (VCG), empresa responsável pelo transporte coletivo, cerca de 40 mil usuários foram prejudicados e ficaram a pé pela manhã. Foi o caso da empregada doméstica Sirlei Carvalho, que não conseguiu chegar ao trabalho. Mesmo sem saber como se deslocaria para o serviço, ela apoiou o protesto. "É muito caro o ônibus. Tomara que a passagem não suba", disse.

O problema só não foi maior porque os outros três terminais do transporte coletivo da cidade funcionaram e os ônibus usaram outros pontos no centro da cidade para desembarcar os usuários que vinham dos bairros. O movimento de veículos foi normal e não foram registrados congestionamentos. A partir do meio-dia, os ônibus voltaram a circular normalmente pela cidade.

O protesto ocorreu um dia após o Conselho Municipal de Transportes sugerir que a tarifa de ônibus em Ponta Grossa seja reajustada de R$ 1,85 para R$ 1,95. O valor está abaixo da proposta sugerida pela planilha de custos da VCG, de R$ 2,13. O prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB) estudaria a proposta do conselho na tarde de ontem e decretaria o reajuste, mas, com o protesto, a passagem continua com o mesmo preço até segunda-feira.

Uma reunião entre o vice-prefeito da cidade, Rogério Serman, o secretário municipal de Planejamento, José Ribamar Krüger, e representantes dos estudantes definiu que a planilha de custos apresentada pela VCG será discutida novamente no começo da outra semana. "Até lá, o vice-prefeito nos garantiu que o preço continua congelado" disse uma das coordenadoras da manifestação, Patrícia Ricetti. Wosgrau estava em Curitiba e não participou da reunião.

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