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Os médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Florianópolis e Balneário Camboriú (SC) fizeram um hora de paralisação das atividades nesta terça-feira (25), das 13 às 14 horas, como parte da mobilização nacional que reivindica mudanças no SUS, melhores salários, criação do cargo de médico de carreira e aprovação e aplicação da emenda 29, que determina aplicação de 15% de recursos dos municípios, 12% de verbas do estado e 10% da União exclusivamente em saúde. Os serviços de urgência e emergência não foram paralisados. O vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina, Vânio Cardoso Lisboa, disse que hoje o governo federal investe 4,6% dos recursos em saúde.

A concentração em Florianópolis reuniu cerca de 30 profissionais de saúde e os representantes das entidades médicas, no Hospital Celso Ramos, que atende, entre consultas e exames, cerca de 300 pessoas por dia. Nas demais unidades todos pararam no mesmo horário, segundo a assessoria do Sindicato. Lisboa disse que optaram apenas por uma hora de protesto para não prejudicar a população, que vem de várias regiões do estado para ser atendida na capital.

"Não queremos prejudicar o usuário, que já está tão sofrido. E vamos atender a todos, apenas com atraso, não haverá cancelamento", disse. No ambulatório do Celso Ramos, os pacientes nem tomaram conhecimento da paralisação, já que os médicos residentes atendiam normalmente em todas as áreas, sem a presença dos médicos efetivos. Funcionários do atendimento relataram que nem sempre os médicos contratados estão presentes. Não havia nenhum da oftalmologia. Todos estavam em viagem e ou de férias.

A dona de casa Rosemary Coelho de Araújo que acompanhava o paí Arnaldo Coelho, 72, disse que nem sabia da mobilização. Ela é um dos exemplo clássicos dos problemas enfrentados pelos pacientes do SUS: estava no hospital desde às 7h30m para conseguir a autorização de internação do pai, que está com câncer para fazer um simples exame.

"Já fomos atendidos por um médico urologista, mas agora dependemos do residente para fazer a internação. Já saí para levar meu pai para almoçar e agora estamos esperando sermos atendidos", afirmou. "Quero te dizer que fomos muito bem atendidos", enfatizou Coelho, que não sentiu os efeitos do protesto nacional dos médicos.

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